Aves Lunares e Bando Mastodontes se unem para realizar espetáculo “Ao Cair da Noite as Aves Voam em Bando”

Da Redação | Foto: Liliane Moreira 

Unindo a poesia e a psicodelia, o show “Ao Cair da Noite as Aves Voam em Bando” é resultado da parceria entre as bandas Aves Lunares e Bando Mastodontes. Trazendo os espetáculos “Janela do Sonho” e “Toda Voz Vira Som”, os grupos se apresentam neste sábado (24), a partir das 19h30, no Teatro Margarida Schivasappa. Os ingressos não têm preços específicos, ficando a critério do público escolher quanto quer pagar. Ambos os projetos são iniciativas contempladas pelo Edital Cultura Livre da Fundação Cultural do Pará.

Primeira a se apresentar, a Aves Lunares chega com o show “Janela do Sonho”, onde irá mostrar ao público uma variedade sonora grande, realizando um encontro entre a música paraense e outros estilos. Compõem o repertório da banda para este show as canções que integram o EP de mesmo nome (Aves Lunares), assim como algumas inéditas que os integrantes prepararam para a apresentação. O público pode esperar uma musicalidade mista, que vai do rock aos sons experimentais, envolvendo letras que falam do cotidiano de uma grande metrópole, como Belém.

Dayvid Campos, percussionista e um dos vocalistas da Aves Lunares, explica que o show contextualiza o projeto de capa do EP lançado pela banda, já que nela há uma janela para o mundo dos sonhos. “Essa janela do sonho, que ao dormir você pode viajar por onde você queira, passear por onde você queira, encontrar quem você queira. Nosso EP é baseado exatamente nisso, no cotidiano que a gente tem, de encontro entre amigos, de nós andando pela cidade de Belém, e experimentando os odores, os sabores, os encontros, os olhares, os amores”, afirma.

O espetáculo mergulha na cultura popular, misturando elementos urbanos, contemporâneos e eletrônicos, com uma boa dose da essência de ritmos brasileiros tradicionais. “É uma verdadeira viagem pela alma da cidade, explorando seus encontros, sabores e tradições”, completa o músico.

Banda Aves Lunares. Foto: Victor Peixe

Em sequência, o Bando Mastodontes chega com seu espetáculo “Toda Voz Vira Som”, trazendo interpretações musicais de poemas escritos por grandes nomes da poética paraense, como Adalcinda Camarão, Antônio Juraci Siqueira, Bruno de Menezes, Max Martins, Olga Savary e Rui Barata. Resultado da pesquisa que abrange a poética, a música e a literatura, o show passeia pelos textos destes grandes artistas paraenses, indo de encontro com os mistérios que residem em cada poema selecionado.

Luciano Lira, vocalista e compositor da Mastodontes, explica que o show já vem sendo construído desde a formação do grupo, em 2015. “Esse show está sendo gestado há pelo menos 10 anos. Os/as  poetas e poemas escolhidos para serem musicados, foram eleitos ao longo desses 10 anos. Não havia inicialmente uma ideia de fazer um show especificamente, mas conforme a coisa foi fluindo, a gente percebeu que finalmente tínhamos um trabalho que contempla exclusivamente a poesia paraense. Logo quando o bando surgiu, a gente de cara já começou colocando Bruno de Menezes e Max Martins em nossa roda viva. Sabíamos que ainda havia muitas vozes para a gente dialogar. Assim, sem pressa e de maneira até mesmo despretensiosa, fomos aos poucos conversando com outros (as) poetas”, ressalta.

Luciano conta, ainda, que a seleção dos autores parte da importância deles para a literatura paraense, e de como suas vozes ecoam pela cidade de Belém e pelo Pará, mesmo aqueles que não estão mais vivos. Dentro do espetáculo, cada voz dos poetas e poetisas se transforma em som, melodia, ganhando novos contornos com a abordagem do Bando Mastodontes, como se a banda abrisse um portal no tempo e convidasse cada escritor e escritora a compor a apresentação. Luciano revela também que Antônio Juraci Siqueira, autor que terá duas obras cantadas pelo Mastodontes no show, confirmou presença na plateia do Schivasappa para prestigiar a homenagem da banda à poesia paraense.

“A formação do bando para esse trabalho segue sendo a mesma, tambores, cordas, vozes, tudo vibrando ao mesmo tempo. Nosso trampo é coletivo e se expressa através da diversidade de seres que compõem o organismo Bando Mastodontes. Ao mesmo tempo que, musicalmente falando, não estamos repetindo fórmula alguma. Olhamos, ou pelo menos tentamos olhar,  sempre adiante”, finaliza Luciano Lira.

Serviço:

Espetáculo “Ao Cair da Noite as Aves Voam em Bando”

Data: Sábado, 24 de fevereiro, às 19h.

Local: Teatro Margarida Schivasappa, Centur, Av. Gentil Bittencourt, 650 – Nazaré

Ingressos: Pague quanto quiser/quanto puder.

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