Escolas de Samba do grupo especial de Belém desfilam na Aldeia Cabana nesta sexta e sábado

Da Redação | Foto: Agência Belém

Nesta sexta-feira (1) e sábado (2), acontece o desfile das Escolas de Samba que fazem parte do grupo principal! O evento será na Aldeia Cabana, e encerra a programação oficial de desfiles das escolas e agremiações carnavalescas do “Carnaval Belém de Todas as Cores”, promovido pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). Os desfiles dos primeiro e segundo grupo ocorreram nos finais de semana de fevereiro, agora é a vez das 11 escolas principais de Belém atravessarem a Avenida. 

O Portal Jambu participou da coletiva de imprensa, que ocorreu no último dia 27, promovida pela Fumbel e Escolas de Samba do primeiro grupo, e conta agora todos os detalhes do que vai ocorrer no Carnaval deste final de semana! 

Na sexta-feira (1), vão desfilar cinco agremiações, na respectiva ordem: Escola de Samba “Boêmios Da Vila Famosa”; “Grêmio Recreativo Carnavalesco Os Colibris”; “Grêmio Recreativo e Carnavalesco Deixa Falar”; Escola de Samba da “Matinha” e Associação Carnavalesca “Embaixada de Samba do Império Pedreirense”. Os desfiles começam às 20h, no Complexo Aldeia Cabana.

Boêmios da Vila Formosa

A Escola de Samba “Boêmios da Vila Formosa” vai trazer o enredo “Padre Bruno Sechi e o Movimento República de Emaús”, em homenagem ao Padre Bruno Seshi, religioso que se destacou por ações em prol das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

A Boêmios da Vila Formosa foi fundada em 13 de maio de 1975, e sua sede fica na Rua Dois de Dezembro, 1371, em Icoaraci. A escola já foi campeã do Carnaval de Belém nos anos de 2016, 2017 e 2020.

Os Colibris

A segunda escola a se apresentar é a “Grêmio Recreativo Carnavalesco Os Colibris”, que em 2023 passou a fazer parte do grupo especial. Este ano, a escola tem “É Tecno É POP É Som! Nas ondas sonoras, o voo da águia de fogo” como título de seu enredo, trazendo uma roupagem futurista e, ao mesmo tempo, ancestral, Os Colibris pretende mostrar que as aparelhagens compoẽm o legado do estado do Pará.

Fundada em 2002, a agremiação carnavalesca completa seus 22 anos no próximo mês. Inicialmente, “Os Colibris” eram apenas um bloco de carnaval, mas em 2015 se transformaram em escola de samba para concorrer aos desfiles, ganhando no mesmo ano. 

Deixa Falar 

A terceira escola a entrar na avenida é a “Deixa Falar”, que este ano trará o enredo: “Carabao: O Segredo da Multiplicação, o Búfalo que vale Ouro!”, um alerta ao meio ambiente e bem estar do povo do Marajó. 

Fundada em 23 de Abril de 1992, na Rua Cesário Alvim, a “Deixa Falar” participou pela primeira vez do carnaval oficial de Belém em 1993. Sua primeira vitória foi em 1998, feito repetido apenas 18 anos depois, em 2016. 

Escola de Samba da “Matinha”

Em seguida, é a vez da Escola de Samba da Matinha, que apresentará o enredo: “Epaminondas Gustavo: Chama o Pessuá, o caboclo d’ Odivelas vai passá”, em homenagem ao falecido humorista Cláudio Rendeiro.

A Matinha já foi 4 vezes campeã nos concursos oficiais do carnaval de Belém durante os anos de 1986, 1987, 2003 e 2013. Com 43 anos de idade, a escola foi fundada em 21 de outubro de 1979, durante uma roda de dominó na Travessa 14 de Abril no bairro da Matinha, conhecido atualmente como bairro de Fátima. 

Embaixada de Samba do Império Pedreirense

Foto: Alessandra Serrão

Para encerrar o primeiro dia de carnaval do grupo especial, entra na avenida o “Império Pedreirense”. Este ano o tema da escola é: “Em Belém de Nazaré tem Reza, Batuque e Samba no Pé!”, que fala sobre as diferentes manifestações religiosas presentes na região amazônica. 

Fundada em 06 de dezembro de 1951, no bairro da Pedreira, a escola se chamava “Maracatú do Subúrbio”, mudando o nome para o atual, apenas em 1958. Com 73 anos de existência, a escola foi 6 vezes campeã do carnaval belenense, com vitórias nos anos de 1964, 1968, 2003, 2006, 2009 e 2018. 

Segundo dia de apresentações

Já no sábado, 2 de março, desfilam seis escolas: Grêmio Recreativo Escola de Samba “Piratas da Batucada”; Associação Cultural Recreativo Carnavalesco “Império de Samba Quem São Eles”; Associação Carnavalesca “Bole Bole”; Grêmio Recreativo Escola de Samba “Acadêmicos da Pedreira”; Grêmio Recreativo Esportivo Beneficente Jurunense “Rancho Não Posso Me Amofiná”; e Escola De Samba “Xodó da Nega”, respectivamente. Os desfiles começam às 19h.

Piratas da Batucada

Foto: Fernando Sette

Os Piratas da Batucada surgem a partir da iniciativa de vários jovens no bairro do Reduto, em 1974. A escola já foi duas vezes campeã, nos anos de 2007 e 2020. 

Para vencer novamente, o Piratas aposta este ano no enredo: “Piratas, 50 anos. Por mares nunca d’antes navegados. Desbravando a última fronteira”. Trata-se de uma homenagem aos 50 anos do grupo e busca referência no espírito desbravador e nos velozes barcos vikings e romanos. Uma grande viagem do tempo irá atravessar a avenida!

Quem São Eles

Fernando Sette

A agremiação existe desde o dia 28 de janeiro de 1946, fundada por Almerindo Cardoso, no bairro da Campina. Com quase 80 anos de tradição, a escola já foi campeã durante os anos de 1958, 1959, 1973, 1974, 1976, 1977, 1978, 1988, 1992, 1994, 1996, 2000 e 2003, acumulando mais de 10 títulos. Para vencer este ano, a “Quem São Eles” traz o  enredo “Premear da Cultura do Pará”, uma retomada do tema realizado em 1989.

Bole-Bole 

A Associação Carnavalesca Bole-Bole foi criada em 2 de fevereiro de 1984, por um grupo de jovens artistas do bairro do Guamá, que buscava valorizar a cultura popular do bairro de Beira-Rio. Sete vezes campeã, a última vitória da escola foi ano passado, com o enredo “Ronaldo Silva, universo cantador na folia do carnaval”. Para este ano, a escola, que completa 40 anos de existência, traz o enredo “JURIÊ, a fantástica energia da Amazônia Paraoara”, que conta a história de Juriê, um encantado nascido no rio Cairari, em Moju.

Acadêmicos da Pedreira

Foto: Agência Pará

Fundado em 10 de março de 1980, no bairro da Pedreira, a escola acumula diversas vitórias, sendo seis vezes campeã do Carnaval belenense. O enredo deste ano é “Sombra da Samaumeira, o Velho Mundo em Minha Aldeia”, que pretende explorar as transformações do território conhecido como Belém, por meio do olhar de quem viveu e vive do outro lado do grande rio.

Grêmio Recreativo Jurunense “Rancho Não Posso me Amofiná”

Foto: Fernando Sette

Fundado por Raimundo Manito em 31 de Janeiro de 1934, é a 4ª Escola de Samba mais antiga do Brasil, com recém completados 90 anos de idade. Como uma duradoura e tradicional agremiação, a escola contabiliza 35 carnavais em Belém, com a última vitória em 2019. O enredo deste ano se chama “Isso é Que é Amor! Onde o Rancho For, Eu Vou! 90 Anos de Paixão Sem Ponto Final”, que relaciona os antigos desfiles com os carnavais mais modernos.

Associação Carnavalesca Xodó da Nega

Apesar de existir desde 1989, somente em 2004 o bloco passou a ser uma escola de samba e, no mesmo ano, conquistou seu primeiro título. Fora este, a escola conquistou outras três vitórias no Carnaval da cidade, nos anos de 2005, 2011 e 2014. O enredo para este ano, chamado “Nossa Majestade o Carnaval”, busca explorar o carnaval como um fenômeno que se manifesta nas mais diferentes épocas e culturas, contando sobre a origem dessa festividade até a atualidade.

Este ano, a Fumbel decidiu aderir à iniciativa de um Carnaval Sustentável, com algumas agremiações comprometidas em desfilar com fantasias e adereços confeccionados a partir de materiais reaproveitáveis. 

Sobre a ideia, Inês Silveira, Presidente da Fumbel, declarou publicamente que há planos de, a cada ano, expandir a ideia para todas as escolas e estabelecer um carnaval mais responsável. “A ideia é que a cada ano esse modelo de carnaval seja fortalecido, não só visando à COP 30, mas que faça parte da nossa cultura carnavalesca”, afirma a Presidente.

Outra questão ressaltada na coletiva foi a intenção da prefeitura de realizar um carnaval menos centralizado no centro de Belém, com os primeiros desfiles ocorrendo nos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro. O objetivo foi valorizar outras regiões e incentivar sua incorporação na grande festa realizada em fevereiro e março em Belém.

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