Por Fabricio Lima*

A cultura japonesa e amazônida se entrelaçam e convivem em harmonia e cooperação há mais de 90 anos. O navio Manila-Maru aportou em Belém trazendo os primeiros imigrantes vindos da cidade de Kobe em 1929, que daqui partiram para a região onde hoje é conhecida como Tomé-Açu. Para celebrar essa cultura riquíssima e que possui uma ligação quase centenária com o Pará, a Associação Pan-Amazônia Nipo Brasileira (APANB) promove, no próximo domingo (21), o XXII Bunkasai – Festival da Cultura Japonesa. O evento é aberto ao público e tem início às 10h.

A programação conta com apresentações de alunos do curso de língua japonesa da associação e grupos de danças tradicionais japonesas; demonstrações de artes marciais; grupo de taiko – música que tem foco em instrumentos de percussão, como tambores; música no estilo tradicional do sokyoku e peças de teatro. Além disso, haverá a venda de comidas típicas do país asiático e outras atividades como karaokê, origami e shuuji – caligrafia nipônica.

Sobre a Associação e a imigração japonesa no Pará – A APANB é a maior organização nikkei do norte do Brasil – a palavra se refere a pessoas descendentes de japoneses ou mesmo naturais do país que moram no exterior. Segundo dados coletados pela associação para um boletim comemorativo dos 90 anos do início da imigração japonesa no estado, no ano de 2019 o Pará contava com cerca de 50 mil japoneses e descendentes em seu território. Além de Tomé-Açu, primeira e principal colônia migratória na Amazônia, destacam-se também as cidades de Monte Alegre e Castanhal como concentrantes de população de ascendência nipônica, além de Belém e Ananindeua, atualmente.

Serviço: Festival da Cultura Japonesa – Bunkasai, da Associação Pan-Amazônia Nipo Brasileira

Data: 21/05, domingo

Hora: 10h às 14h

Local: Associação Pan-Amazônia Nipo Brasileira, Travessa Quatorze de Abril, 1128 – São Brás

O Portal Jambu é um espaço de jornalismo experimental com matérias produzidas por estudantes de graduação da Faculdade de Comunicação da UFPA sob a coordenação da Profa. Dra. Regina Lima e do jornalista Marcos Melo.

Foto de Capa: Divulgação

*Com supervisão de Giullia Moreira.