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Da Redação | Foto: Flávio Colker

Com texto e direção de Miguel Falabella, a  peça “NARA”, estrelada pela atriz Zezé Polessa, chega ao Theatro da Paz, em Belém, para sessões nesta sexta (14), sábado (15) e domingo (16). A montagem é uma homenagem à cantora Nara Leão, ícone da música brasileira e pessoa importante no cenário artístico entre as décadas de 1960 e 1980. A produção tem financiamento via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Petrobrás. Os ingressos podem ser adquiridos online.

Nara é apresentada no espetáculo como se estivesse vindo de algum lugar entre futuro e passado para compartilhar com o público lembranças e recordações. Por meio de um fluxo de consciência, o roteiro da peça relembra momentos e canções da cantora sem se preocupar com a cronologia, datas ou qualquer formalidade, seguindo o estilo de Nara, uma intérprete considerada “fora da caixa”, mesmo quando a expressão nem era tão conhecida.

A peça entra em turnê pelo país depois de enorme sucesso no Rio de Janeiro; a apresentação reúne memórias, fatos e curiosidades sobre essa grande artista, que deixou um legado incrível à cultura brasileira. Além das apresentações, haverá oficina com os atores locais no dia 15 de junho, de 9h às 13h, na Escola de Teatro e Dança da UFPA. 

A ideia que originou a peça veio de Zezé, que cresceu ouvindo Nara através de seus discos e das músicas de sucesso tocadas nas rádios. Durante a pandemia, a atriz começou a ler uma biografia da cantora e, a partir de então, começou uma espécie de pesquisa sobre aquela que seria sua personagem nos palcos, enfileirando uma série de entrevistas e livros sobre Nara. Em uma conversa informal com Miguel Falabella, Zezé contou sobre seu desejo de interpretar Nara Leão, e ele no mesmo instante avisou que criaria o texto do espetáculo. Depois de uma semana juntos, a primeira versão da obra começou a ganhar forma.

“Quando eu tive vontade de fazer a Nara, falei com Miguel que sabia não ter mais a idade dela, mas ele logo disse que isso não tinha a menor importância. Eu não procuro imitar o seu jeito de falar ou cantar, existe uma liberdade em todo este processo, não poderia ser diferente com alguém que sempre foi tão livre’, reflete Zezé, que interpreta ao vivo alguns dos muitos sucessos da intérprete, como ‘A Banda’, ‘Corcovado’, ‘Marcha da Quarta-feira de Cinzas’, entre outros.

O texto passeia pelos diversos estilos e movimentos pelos quais Nara Leão passou. Em constante transformação, Nara nunca se deixou rotular ou se fixar em um determinado gênero: esteve no surgimento da Bossa Nova, caminhou pelo Tropicalismo, resgatou antigos compositores, cantou samba-canção, músicas de protesto, rock’n’roll e jovem guarda. A liberdade e a inquietação de Nara se refletiam, sem amarras, na sua criação artística.

Com direção musical de Josimar Carneiro, as canções vão surgir no palco como marcadores da vida da artista, que se confundem com a história do Brasil daquele momento. No decorrer da trama, a repressão do período ditatorial brasileiro, o exílio, o avanço do movimento feminista, a revolução comportamental das décadas de 60 e 70, a maternidade, os famosos casos de amor e outras paixões de Nara Leão são alguns dos temas que aparecem

Serviço:

Peça “NARA”

Sessões:

14/06, sexta-feira às 20h

15/06, sábado às 16h (sessão extra)

15/06, sábado às 20h

16/06, domingo às 19h

Ingressos: Na Bilheteria do Teatro ou pelo site www.ticketfacil.com.br 

Classificação etária: livre

Duração: 80 minutos

Oficina 

15/06 –  9h às 12h na Escola de Teatro e Dança da UFPA, na Jerónimo Pimentel.

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