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Da Redação | Foto: Ian Félix

Dando sequência a programação iniciada no mês passado, o projeto “Vá Pro Raio que o Parta” realiza seu terceiro encontro neste sábado (13). Com uma discussão voltada para a preservação do patrimônio e da memória, tendo como foco o uso das mídias sociais para tal, o evento realiza uma roda de conversa com diversos participantes da área. A roda de conversa acontece das 9h às 11h, no espaço Canto Belém, no Edifício Manoel Pinto. O projeto é uma iniciativa da Rede Raio que o Parta.

Neste terceiro encontro, participam da conversa o professor e historiador Michel Pinho; o licenciando em história, Caíque Araújo, que atua como monitor no projeto da UFPA “Roteiros Geo-Turísticos”, voltado à educação patrimonial e ao turismo local, e é também integrante do projeto “Andando Por Belém”; Bia Caminha, vereadora de Belém e acadêmica de arquitetura e urbanismo; e a Agência Monotour, que monta roteiros turísticos exclusivos com foco em imersão e conhecimento do modo de vida, cultura e saberes da Amazônia Paraense. A mediação será da jornalista, Trisha Guimarães, que desde 2015 é assessora de comunicação da CasaCor Pará, além de criadora do perfil @acasacomoelae, que fala sobre decoração, diy e “caseirices”. O evento é gratuito, e as inscrições podem ser feitas aqui

“No terceiro encontro, nós vamos falar sobre patrimônio arquitetônico no nosso estado e a preservação da memória na atualidade, então a gente vai debater sobre a preservação dessa memória nos meios que usamos hoje em dia, de redes sociais, e também de algumas ações que são realizadas ali no centro histórico”, destaca Gabrielle Arnour, arquiteta e uma das organizadoras do coletivo Rede Raio que o Parta, ao lado das também arquitetas Elis Almeida e Eliza Malcher. 

Elis Almeida ressalta que o objetivo principal do projeto como um todo é a discussão sobre o patrimônio moderno popular paraense, pela perspectiva do movimento Raio que o Parta. “Como nós nos intitulamos ‘rede’, tecemos uma rede de conexões com várias pessoas que, ao longo da nossa trajetória, contribuíram e que vem perpetuando o movimento de alguma forma (seja nas artes visuais, fotografia, criação de conteúdo, design e etc), então cada encontro vem com uma temática específica dentro desse universo”, explica a arquiteta. 

No primeiro encontro realizado pelo projeto, foi discutida uma parte da história do movimento Raio que o Parta, onde ele surgiu, quando surgiu e as atividades que o coletivo vem realizando. Já no segundo encontro, o destaque foi para o uso de azulejos e da técnica de mosaicos em locais e regiões do Brasil, tendo como palestrantes pessoas que trabalham com azulejaria em outros estados brasileiros.

Passeio cultural, uso da estética em diferentes áreas, oficina de mosaico e lançamento de website

Para as próximas programações do evento, que prossegue no mês de abril até junho, o “Vá pro Raio que o Parta” prepara diversas atividades. No dia 28/04, vai acontecer o roteiro turístico “História, suor e raio que o parta” pelo bairro da Cidade Velha, promovido pela Agência de Turismo Monotour, onde o público poderá ver exemplares de casas do movimento raio que o parta. A entrada é gratuita.

Para o mês de maio, no dia 11, acontece a quarta e última roda de conversa, que terá como tema a estética do raio e suas diferentes aplicações em áreas variadas, como arquitetura, design e artes visuais. Perto do final do mês, no dia 25, acontece a única atração do evento com entrada paga, a oficina “Raios em Cacos”, na qual o público produzirá pequenos painéis usando azulejos seguindo o padrão do raio que o parta. A entrada no workshop custará R$ 30,00.

“Em todos os eventos a gente tem algumas vagas prioritárias, que são de alguns grupos: alunos ou professores de universidades públicas ou do Prouni; profissionais da área da saúde que tenham trabalhado no combate à pandemia; e integrantes de coletivos culturais e associações. Para estes grupos, que já têm vagas prioritárias, na oficina vão ter algumas vagas gratuitas”, aponta Gabrielle Arnour.

No dia 02 de junho, o evento chega ao seu fim com uma programação cultural que conta com uma exposição montada a partir dos painéis feitos no workshop. Além da exposição, outro grande destaque é o lançamento do site oficial do projeto, onde será sistematizado e sintetizado o mapeamento e o acervo fotográfico colaborativo montado pelo Coletivo Raio que o Parta, assim como pesquisas e outros assuntos relacionados ao movimento da arquitetura moderna.

O Coletivo Rede Raio que o Parta surgiu em 2020, formado por três amigas que cursaram Arquitetura e Urbanismo na UFPA. Elis Almeida, Gabrielle Arnour e Eliza Malcher se uniram após uma inquietação em comum: o movimento raio que o parta e o apagamento das residências que exemplificam este movimento arquitetônico. Então, elas passaram a mapear por Belém casas que se encaixavam neste modelo. Além do mapeamento, o coletivo também construiu um acervo fotográfico colaborativo, onde qualquer pessoa que queira enviar uma foto de um exemplar do “raio que o parta” pode encaminhar sua fotografia e integrá-la ao acervo, que é postado no perfil do Instagram do Rede Raio que o Parta.

Serviço

Terceiro Encontro “vá pro raio que o parta!” – Patrimônio Arquitetônico no Pará e preservação da memória na atualidade.

Data: Sábado, dia 13.

Horário: Das 9h às 11h.

Local: Canto Coworking e Café, Edifício Manoel Pinto, Avenida Serzedelo Corrêa, 15 – Bairro de Nazaré.

Inscrições: Gratuitas, por meio da internet. Clique aqui e inscreva-se já!

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