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O Teatro Margarida Schivasappa completa 38 anos, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, a partir das 17h, com uma programação gratuita, que inclui debate, apresentações artísticas e homenagens. O evento será um momento de celebração e reflexão sobre o papel do espaço no cenário cultural. Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria do teatro no dia do evento, em troca de 1 quilo de alimento não perecível.

Por Kelvyn Gomes/Imagens: Agência Pará

As atividades terão início com o fórum “Por dentro do Ecad: para manter a música viva”, que discutirá o papel do direito autoral na proteção das obras e na valorização dos profissionais da música. O debate será conduzido por Nereu Silveira, gerente do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) das regiões Norte e Centro-Oeste, abordando temas como cobrança de direitos autorais, filiação a associações musicais e o processo de distribuição de valores.

O palco do Schivasappa receberá um espetáculo reunindo diversas manifestações artísticas, incluindo teatro, música, dança e circo. Paulo Fonseca, do Grupo Experiência, será o mestre de cerimônias, apresentando Eloi Iglesias, Gigi Furtado, Palhaços Trovadores e Pedro Bolha. Além das apresentações, o evento contará com homenagens a Mário Filé e Mário Zumba, lembrados por seus companheiros de palco em um tributo que deve emocionar o público.

De acordo com o coordenador do teatro, Olivar Barreto, a celebração vai além de um evento festivo. “Incluímos apresentações especiais e uma reflexão sobre a importância do Margarida Schivasappa para a cultura. Além disso, muitos artistas ainda desconhecem questões essenciais sobre direitos autorais, e esse debate é uma forma de conscientização”, destaca Barreto.

Teatro Margarida Schivasappa: 38 anos

Referência na cena cultural paraense, o espaço é essencial na promoção e democratização das artes. Ao longo de quase quatro décadas, tem sido palco para artistas da cultura popular, proporcionando visibilidade e oportunidades para diversas manifestações artísticas.

Inaugurado em 26 de fevereiro de 1987, o teatro foi pensado para ampliar o acesso à produção artística, oferecendo uma estrutura completa para apresentações de teatro, música e dança. Ao longo dos anos, o palco do Margarida Schivasappa já recebeu espetáculos de companhias da periferia de Belém, alunos de escolas públicas e particulares, apresentações solidárias, grupos do interior do estado e produções independentes.

O teatro leva o nome de Margarida Schivasappa, uma das figuras centrais no desenvolvimento das artes cênicas na região. Natural de Belém, nasceu em 10 de novembro de 1895, foi professora de Canto Orfeônico, folclorista, diretora de teatro, carnavalesca e fundadora da Sociedade Paraense de Educação.

Com formação no Instituto Carlos Gomes e aperfeiçoamento no Conservatório de Canto Orfeônico, teve como mestre Heitor Villa-Lobos. Sua trajetória é marcada pelo compromisso com a educação e a cultura, deixando um importante legado para as artes paraenses.

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