Por Ryan Reis/Imagem Andreza Dias
Rodas de conversa, oficinas, performances, instalações e shows. Essas são algumas da programação do Fórum Arte pela Justiça Climática – Reimaginando Futuros Sustentáveis, que iniciou, nesta sexta-feira, 20, na Fundação Curro Velho, em Belém. O encontro tem como objetivo articular respostas e soluções voltadas à crise climática enraizadas em práticas artísticas e conhecimentos ancestrais; e é promovido pela fundação independente Prince Claus Fund, em parceria com a rede internacional de filantropia Open Society Foundations.
O primeiro dia de programação tem como tema “Ecologias do amanhã”, e pretende mergulhar na reimaginação de futuros sustentáveis. As atividades do dia são dedicadas a examinar como a arte e a cultura podem dar vida a conexões e destacar diversas formas de conhecimento, desde tecnologias até sabedorias ancestrais e suas formas de coexistência.
Para o diretor da fundação Prince Claus Fund, Marcus Desando, a expectativa com a programação é permitir que os participantes estejam habilitados para falar sobre a necessidade de intervenções climáticas, e reconhecer a importância disso para a sobrevivência humana. “A programação é sobre compartilhar conhecimentos, obter informações uns dos outros, e perceber que não estamos sozinhos no mundo. Todos estamos enfrentando problemas semelhantes, e juntos podemos aprender soluções”, disse.
Ele também explica que o impacto esperado nos participantes é que eles entendam a existência de outras pessoas no planeta que compartilham dos mesmos problemas e procuram pelas mesmas soluções. “Alguns provavelmente encontraram soluções, e outros tem formas diferentes de lidar com isso com pontos de vista artísticos e culturais. Eu espero que eles saiam daqui com informações suficientes para falar e lidar com esses problemas nos seus contextos locais”, concluiu.
A programação começou com a roda de conversa “Recriando e reimaginando futuros possíveis no presente”, com a participação de Rosa Chávez, Gabriela Luz, Chemi Rosado Seijo e moderação de Yara Costa. A conversa convidou os participantes a explorar, expandir e conectar diversas formas de existir e entender os ecossistemas habitados, para imaginar futuras ecologias moldadas por experiências compartilhadas, indo além das narrativas capitalistas e coloniais.
Imagem Andreza Dias
Durante a tarde, ocorrerá a performance “Ao buscar minhas raízes, sinto-me arrancado”, roda de conversa com o tema “O direito à terra, pessoas e pertencimento, da Amazônia à Palestina”, oficinas, exibições de filmes, apresentações e instalações.
Amanhã a programação terá como tema “Arte como ativismo”, e pretende aprofundar-se na inspiração e interseção da expressão artística com a ética e o ativismo, destacando como a arte e a cultura servem como veículos potentes para protesto, mudança social e diálogo.
Confira a programação completa aqui.