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Da Redação | Foto: Everton Pereira

O Núcleo Artístico de Vivência do Espaço (NAVE), com apoio da Cia. Paraense de Potoqueiros, inicia amanhã a segunda temporada do espetáculo-ritual “É-di-po-&-Jo-cas-ta”, descrito como um culto ao próprio Dionísio, deus grego do vinho, delírio e do teatro. A trama é uma adaptação livre das tragédias gregas “Édipo Rei” de Sófocles e “As Bacantes” de Eurípedes. As sessões serão aos domingos de agosto, sempre às 18h, no Espaço das Artes de Belém.

A encenação foi a primeira peça feita pelo NAVE, projeto de iniciação teatral do Espaço das Artes de Belém. “É-di-po-&-Jo-cas-ta” é uma forma de colocar em prática os conteúdos ministrados nas aulas sobre a origem do teatro grego. Estão presentes na montagem os atores Edson Elias, Eliane Gomes, Ana Eliza, Nilton Cézar, Leonardo Sousa, Pablo Loureiro, Yan Elmescany, Diego Pimentel, Edilene Silva e Rubens Leal.

O título “É-di-po-&-Jo-cas-ta” refere-se aos personagens de “Édipo Rei”, sendo o primeiro nome do protagonista da história e o segundo de sua mãe, rainha de Tebas junto do rei Laio.  De acordo com o diretor da peça, Breno Monteiro, a ideia é trazer recortes da história original, com passagem por diferentes momentos da vida de Édipo. O diretor conta que, ao perceberem a pouca participação da rainha Jocasta, o grupo resolveu incluir mais passagens da personagem para deixá-la em uma posição de igualdade com seu filho/marido.

“O espetáculo se chama ‘Édipo Rei’ e a gente nunca ouve falar muito da rainha Jocasta, então a única modificação que fizemos na história foi colocar ela em igualdade com Édipo. O nome todo recortado é como se fossem quadros, são recortes da história total da vida deles”, explica Breno. Ele ressalta que, durante a primeira montagem, houve a morte do grande dramaturgo José Celso Martinez e como homenagem decidiram trabalhar com o formato das tragédias gregas, dada a fama do diretor com o gênero.

A inspiração em “As Bacantes”, segundo Breno, aparece fora da história, presente na forma como o espetáculo é realizado. Na Grécia e em outras civilizações, a prática do teatro surgiu como um culto às divindades e essa característica foi resgatada pela companhia e utilizada em interações com a plateia. O espetáculo escrito por Eurípedes serviu de fonte principalmente para entender sobre os rituais feitos para Dionísio, que contam com muita dança, comidas e bebidas.

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