O Coletivo Paraciclo promove, neste sábado, 22, na Barca Literária, na Vila da Barca, o 3º Mini Fórum de Mobilidade Urbana Sustentável, a partir das 9h. O evento vai debater o uso da bicicleta como meio de transporte limpo e acessível nas periferias da capital paraense.

Por Kelvyn Gomes/Imagem: Reprodução ParáCiclo
Com participação gratuita e inscrições online, o Mini Fórum pretende dar voz às comunidades periféricas e ativistas sociais, promovendo um diálogo sobre os desafios da mobilidade na Amazônia urbana. A programação inclui uma visita guiada pela Vila da Barca, comunidade em palafitas, localizada às margens da Baía do Guajará, no bairro do Telégrafo.
A realização do 3º Mini Fórum reforça a necessidade de discutir políticas públicas voltadas à mobilidade sustentável em Belém, especialmente em um momento em que a cidade se prepara para receber um evento global sobre mudanças climáticas. O debate sobre o papel da bicicleta como alternativa viável e ambientalmente responsável ganha ainda mais relevância diante dos desafios urbanos da região.
Danielle Fonseca, presidenta do Paráciclo, destaca que o fórum é um espaço para pensar soluções coletivas. “Esse será o terceiro mini-fórum do projeto, um espaço para dialogarmos sobre nossas diversas formas de deslocamento, seus desafios e as políticas públicas que queremos para nossos territórios”.
Oficina de grafite e arte urbana
Um dos destaques do evento será a oficina de grafite com o artista e ativista Anderson Ghasper, fundador do coletivo Resistência Periférica Crew. Grafiteiro e tatuador, Ghasper utilizará sua arte para abordar questões ligadas ao clima e à mobilidade, reforçando o papel das expressões visuais no debate sobre cidadania e direito à cidade.
“Essa parceria é importante. Toda luta por direitos feita em conjunto ganha mais força e mais possibilidade de surtir efeito. A proposta é sempre colocar a periferia na frente do debate através da arte do grafite para expor as nossas necessidades. A ideia é usar a arte para mostrar a realidade dos moradores das periferias”, destaca Ghasper.
Com um histórico de participação em eventos nacionais e internacionais, Ghasper começou a grafitar em 2007 e aprimorou suas técnicas em desenho, pintura mural e serigrafia. Ele já participou de projetos como o Street River, a primeira galeria fluvial do mundo, e do Reduto Wall, o primeiro encontro nacional de grafite do Pará.
A atividade propõe um diálogo entre arte e ativismo, trazendo a linguagem visual do grafite como forma de expressão das demandas periféricas sobre mobilidade e meio ambiente. Para Ghasper, iniciativas como essa fortalecem a luta coletiva por direitos. “Toda luta por direito feita em conjunto ganha mais força e mais possibilidade de surtir efeito. A ideia é usar a arte para expor a nossa realidade enquanto moradores das periferias”, afirma o grafiteiro.