Da Redação | Foto: reprodução
Com a aproximação da Cop 30 na capital paraense, muitos fazedores de cultura já estão realizando os preparativos para o grande encontro que discutirá sobre sustentabilidade mundial no ano de 2025. Em vista disso, o grupo “D’aqui”, conhecido por representar a comunidade Vila da Barca em apresentações de carimbó regional, também iniciou previamente algumas atividades sustentáveis, como diálogos, oficinas e confecção reciclável de instrumentos musicais.
O grupo de carimbó “D’aqui” funciona há 9 anos e tem o objetivo de fomentar, promover e difundir a cultura musical para crianças e adolescentes da Comunidade da Vila da Barca. Atualmente, os mestres de bateria da escola de samba “Crias do Curro Velho”, Pawer Martins e Muka de Souza, são os principais responsáveis por levar a transformação social por meio da música e apresentam também, além do carimbó, ritmos como o bangue, mazurca, retumbão, samba de cacete e xote.
Pawer Martins, um dos coordenadores do grupo, comenta que uma das primeiras ações adotadas pelo projeto, foi transformar materiais recicláveis em instrumentos musicais. “O nosso ritmo central é o carimbó, e o carimbó utiliza muito o curimbó, o curimbó é um instrumento de madeira e também existe uma maneira sustentável de fazer um curimbó. É através de canos, a gente pega canos que não são mais utilizados, que foram abandonados na rua e transforma eles no corpo do curimbó e, a partir daí, a gente consegue criar um curimbó sustentável na sonorização muito parecida, com som muito bom”, destaca o coordenador.
Além da confecção de materiais em equipamentos musicais, o projeto desenvolveu e continua desenvolvendo outras atividades nesse período. Até o momento, foram realizadas oficinas de aprendizado em música e percussão, ensaios com músicas autorais, montagem de repertórios com letras que representam a Vila da Barca, apresentações em diversos eventos da cidade e participação na 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no Hangar Centro de Convenções.
O coletivo cultural ainda está focado na preparação de projetos futuros, como um clipe musical próprio produzido especialmente para a Cop 30. “O grupo foi premiado no edital da Lei Paulo Gustavo, em que ele vai lançar um clipe que fala sobre a Vila da barca, o contexto, a preservação, o meio ambiente, os cuidados com a natureza. Além de contar a parte cultural da Vila da Barca, vai tratar essa questão do ribeirinho com a natureza. E a música que tá sendo composta por mim e pelo mestre Muka, com o auxílio dos jovens do grupo vai falar sobre esses temas culturais, diversidade, meio ambiente, sustentabilidade e inclusão”, finaliza Pawer.