A cantora Gigi Furtada fará show, nesta sexta-feira, a partir das 21 horas, na Cervejaria Caboca, em homenagem aos 50 anos de carreira da sambista maranhense Alcione. Além de Gigi, sobem ao palco Karen Francis, Ruth Costa, Brenda Moraes e Diego Xavier. Gigi conversou com a nossa equipe sobre o show desta noite e outros projetos.
Por Kelvyn Gomes/Foto: Candy Figueira
Gigi Furtada costuma trazer músicas cantadas por Alcione nas suas apresentações. Apesar de não ser a primeira vez que Gigi faz um show em homenagear a sambista maranhense, ela garante que o show desta noite será especial. “Eu ainda relutei porque eu ficava sempre muito temerosa! Ficava com medo de cantar Alcione, porque as músicas, a gente que pega pra interpretar, tem toda uma preocupação. Foi quando eu acordei e disse: hoje eu vou escrever um show, em homenagem a Alcione. E fizemos algumas edições do show A Loba, mas esse, é muito mais abrangente por conta de seus 50 anos”, contou a intérprete.
Conhecida na noite da cidade por seus potentes vocais e espetáculos que homenageiam outros artistas da música brasileira, Gigi afirma que um show como esse é uma forma de agradecer pelo legado do homenageado. “É uma maneira de agradecer por ele nos trazer canções e enriquecer o meu cancioneiro enquanto intérprete, além de fazer um bem danado até na hora da sofrência. Na hora que a gente tá sofrendo por um amor perdido, é escutando Alcione que a gente chora”, brinca a artista.
Ela também destaca a importância do show desta noite em meio às comemorações ao Dia da Consciência Negra, declarado oficialmente como feriado nacional a partir deste ano. “Vai ser o nosso primeiro feriado nacional do Dia da Consciência Negra. A Alcione é uma mulher preta, uma artista preta, uma artista que veio do Nordeste pra ganhar o mundo e ganhou! Ganhou o coração do mundo também. Então é muito importante fazer um show desse pra não deixar morrer a negra voz da Alcione”, destacou.
Fã declarada da Marrom, Gigi fala da dificuldade em montar um repertório com tantas “músicas preferidas”. “Depois que você começa a escutar Alcione e preparar o repertório, você não tem uma música preferida, você tem várias”. “O primo do Jazz”, “Mangueira é mãe”, “A loba”, “Meu vício é você”, são algumas das canções eternizadas na voz de Alcione e que também estarão no repertório de hoje a noite. “Eu passeio pelo repertório amando muitas. Não consigo escolher uma música em especial”, explicou eufórica. Além da “playlist Alcione by Gigi”, o show também trará os clássicos “Não deixe o samba morrer”, “Você me vira a cabeça”, “Menino sem Juízo”, “Rio antigo”, um verdadeiro passeio pela história da maranhense.
O show marcado para hoje à noite, às 21h, em uma casa de eventos no centro da cidade, também deve contar com a participação de artistas como Karen Francis, Ruth Costa, Brenda Moraes e Diego Xavier. “Tenho muita admiração por eles, então é um grande presente, não só para o público, mas para mim, poder dividir o palco com aqueles que tanto admiro”, declara Gigi.
Outros projetos
Há mais de 10 anos Gigi Furtado vem produzindo tributos em homenagem a grandes artistas da música popular brasileira. Estão em seu currículo cantores como Clara Nunes, Caetano Veloso, Tom Jobim, Maria Bethânia e Alcione. Ela conta que recebe muitos pedidos do público para interpretar canções de de tantos outros artistas brasileiros e que em 2025 vem novas homenagens. Mas que ela prefere não contar para não perder o ineditismo.
Além dos shows “temáticos”, para o próximo ano a paraense promete uma turnê local com o espetáculo “Kizomba” de seu primeiro álbum lançado em 2021. “Eu quero passear bastante com o meu Kizomba e em 2025 eu vou colocar ele na estrada, nós vamos fazer um show aqui em Belém, é claro, no teatro; depois vamos lá em Bragança e dar um abraço nos cariocas e apresentar esse trabalho que tanto amo, que é meu primeiro álbum”, conta já em tom de preparação.