Da Redação | Foto: Renata Aguiar
O Fórum “Arte pela Justiça Climática”, realizado pela Prince Claus Fund em colaboração com a Open Society Foundations, deu início na manhã de ontem (16) às atividades de imersão na cultura e na vivência paraense, tanto urbana quanto periférica e insular, aos artistas convidados, de mais de 20 países, que participarão do evento nesta sexta (20), e sábado (21).
A primeira atividade deste programa exclusivo aos convidados aconteceu ontem, e foi uma visita ao Museu Paraense Emílio Goeldi, onde eles caminharam por dentro do espaço do Museu. Após a caminhada, houve uma roda de conversa intitulada “Amazônia, território sagrado, cultura ancestral”, na qual Roberta Tavares, poeta, historiadora e quilombola; BorBlue, poeta de slam e músico; e Marlúcia Bonifácio Martins, Coordenadora de Pesquisa e Pós graduação do Museu Goeldi e pesquisadora em Biodiversidade, compartilharam suas perspectivas sobre a cidade, numa contextualização sociocultural e política sobre o território.
Já na manhã desta terça-feira, os convidados estiveram em uma oficina de cerâmica realizada pela Família Sant’ana. O propósito dessa atividade foi mostrar aos artistas a interseção entre tecnologias indígenas, tradicionais e contemporâneas e como esses modos de fazer interagem atualmente uns com os outros. Pela parte da tarde, no espaço cultural Coisas de Negro, o grupo terá a oportunidade de experienciar um dos ritmos mais característicos do Pará: o Carimbó, com o Mestre Nego Rey.
À noite, os integrantes do evento vão viajar para a Ilha de Cotijuba, onde, na Praia da Flexeira, haverá uma super apresentação de Carimbó com participações dos Mestres e músicos do gênero: Mestra Nazaré do Ó, Mestre Jaci, Mestre Thomaz Cruz, Mestre Lourival Igarapé, Mestre Ney Lima pela Paz, Mestre Dimmi PaixãoYuri Moreno, Lis Ferreira, Anne Almeida e Isaac Santos.
No início desta quarta-feira (18), os convidados estarão livres para passear e conhecer Cotijuba. Pela parte da tarde, eles visitam o Mirante da Pedra Branca para uma vivência com a Mãe Márcia de Xangô,líder comunitária e sacerdotisa do centro Caboclo Rompe Mato, um templo de Umbanda. Mãe Márcia compartilhará seu trabalho com esta religião afro-brasileira e suas muitas iniciativas na ilha, como o Festival Pyracema, promovedor da cultura afro-indígena, com foco principal em saúde pública, culinária afro-amazônica e educação socioambiental. Ao final do dia, o grupo vai visitar o Ver-o-Peso, acompanhado da ASBALAN (Associação dos Balanceiros comercializados de pescados no atacado na pedra do peixe do ver-o-peso), para ter um vislumbre das vibrantes trocas culturais, naturais e simbólicas no maior mercado a céu aberto da América Latina.
Na sexta-feira, dia 20, a programação do Fórum será aberta ao público, com rodas de conversa, oficinas e exibições de filmes. Você pode acompanhar no nosso perfil do Instagram, basta acessar @portal.jambu para saber mais!