Da Redação | Foto: Acervo Museu Memorial da Vila da Barca
Nos dias 5 e 6 de julho, será aberta a exposição “Levantes Amazônicos” no Museu de Arte de Belém (Mabe) e no Sesc Ver-o-Peso, respectivamente, com encerramento geral no dia 28 deste mês. O tema principal da mostra em ambos locais é a relação entre imagens, emoções e lutas políticas no território amazônico.
“Levantes Amazônicos” faz parte das ações dos projetos de pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA), “O destino da indignação: imagem e sublevações na Amazônia” e “Alegorias do sofrimento e da resistência: disposições afetivas da política em imagens fotográficas”, voltados à pesquisa sobre imagem. O professor e coordenador da exposição, Leandro Lage, afirma que o nome levantes remete a ideia da manifestação política de caráter insurgente.
Ao todo, o projeto conta com mais de 50 obras de 43 artistas locais, com trabalhos dos mais variados formatos, como fotografias, produções audiovisuais, pinturas, gravuras e esculturas, todas com diferentes modos de ver, pensar e sentir o mundo. Por ser resultado de um projeto de pesquisa, a organização não deseja que a mostra seja direcionada apenas a comunidade acadêmica, mas ao público geral.
“A gente tem muita esperança de que nosso evento não seja apenas mais uma programação artístico-cultural, mas que ela seja também uma oportunidade de inclusão das pessoas no universo da pesquisa científica”, explicou Leandro.
Matt Sousa, fotógrafo e artista visual selecionado, levará ao “Levantes Amazônicos” sua produção relacionada ao afeto como valorização da individualidade. “Eu irei expor a narrativa ‘Levantes de Afeto’, que consiste em um conjunto de fotografias compartilhadas e do olhar do bem-querer (conceito de João Ripper). Estou muito feliz por ter a oportunidade de expor o meu trabalho e comunicar sobre os afetos que existem na amazônia”, compartilha o fotógrafo.
Outro participante é o mestre em história e aluno da Faculdade de Comunicação da UFPA (Facom), Kelvyn Gomes, que apresenta uma imagem do acervo do Museu Memorial da Vila da Barca, projeto do pesquisador em parceria com o Instituto Nova Amazônia (INÃ) aprovado pela Lei Aldir Blanc. A foto retrata uma senhora analfabeta assinando com sua digital a ata de fundação da Associação de Moradores da Vila da Barca em 1984.
“Com o tempo e as necessidades da comunidade, aquela organização foi crescendo e assumindo outros papéis. Foi quando observando as demandas do grupo, a Igreja Luterana começou uma série de formações que pretendia qualificar os moradores para formarem a associação”, conta Kelvyn.
Além das obras expostas, haverá diversas programações dentro do espaço do Sesc Ver-o-Peso, como oficinas e rodas de conversa. Dentre as atividades ofertadas, será realizada uma mostra audiovisual nos dias 6 e 11 de julho, exibindo “Tuire, o gesto do Facão”, “(Des)matamento” e “Vozes Quilombolas – Juventude na luta pela permanência e por uma universidade antiracista”.
Serviço:
Exposição “Levantes Amazônicos”
Abertura:
Museu de Arte de Belém – Dia 5 de julho, às 17h
Sesc Ver-o-Peso – Dia 6 de julho, às 10h
Horário de visitação
Museu de Arte de Belém – De terça à sexta, das 8h30 à 16h30
Sesc Ver-o-Peso – De segunda à sexta, de 9h às 18h
Encerramento: Dia 28 de julho de 2024