Da Redação
Parte das mobilizações pelo Mês da Amazônia, a exposição “Amazônia Desvelada” aborda a construção de uma vida ecologicamente equilibrada. Promovida pelo Coletivo Pororoka e pela Associação Fotoativa, a mostra lança um olhar sobre a exploração predatória dos recursos naturais e suas consequências sobre as comunidades tradicionais que vivem na Amazônia. O lançamento do evento aconteceu na última quarta-feira, 13, e o evento funcionará de terça à sexta, das 14h às 18, e aos sábados de 9h às 13h. A entrada é gratuita e a “Amazônia Desvelada” ficará aberta até 11 de outubro na sede da Fotoativa, na Praça Barão do Guajará, bairro da Campina em Belém.
Reunindo mais de 15 artistas de diversas origens e linguagens artísticas, a exposição conta com vídeos, fotografias, pinturas, tapeçarias e as “arpilleras” – técnica chilena de costura com retalhos, que desempenhou um papel contra a ditadura militar do Chile. A “Amazônia Desvelada” evidencia temas como desmatamento, construção de hidrelétricas e o eminente projeto de exploração de petróleo na região, e perpassando também por assuntos como o genocídio de povos indígenas, a história de mulheres atingidas por barragens e as lutas dos movimentos sociais.
Para além do expositório de fotos, vídeos e outros itens, a exposição trará a exibição de 3 documentários sobre questões ambientais: “Lavra”, dirigido por Lucas Bambozzi, sobre uma geógrafa que regressa à sua terra natal em Minas Gerais depois que o rio é contaminado pelo maior crime ambiental do Brasil; “Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência”, do Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que conta a história de 5 mulheres de diferentes regiões do Brasil, atingidas por barragens, e mostra como elas tentam superar os acontecimentos por meio técnica chilena de costura “arpilleras”; e “Cinzas da Floresta”, de André D’Elia, que acompanha o artista Mundano, que ao acompanhar brigadas de incêndio voluntárias por 4 biomas brasileiros (Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal), coleta as cinzas da vegetação para transformá-las em tinta, e utilizá-las na sua mais nova obra: um mural no centro de São Paulo.
Os artistas e movimentos sociais que fazem parte do evento são: Márcia Kambeba; Denilson Baniwa; Claudia Leão; Roberta Carvalho; Miguel Chikaoka; Paula Sampaio; Arpilleras do MAB; Armando Queiroz + Almires Martins + Marcelo Rodrigues; Lucas Negrão; Francisco Sidou; Lu Peixe; Lenu + Leviana + Movimento dos Atingidos por Barragens + Movimento dos Sem Terra.
A realização do evento é iniciativa da Fotoativa, uma associação cultural sem fins lucrativos, de interesse público estadual e municipal, fundada em 2000, em Belém. E do Coletivo Pororoka, um grupo de voluntários e ativistas que defendem a democracia em Belém.
Serviço
Exposição “Amazônia Desvelada”
Encerramento: 11 de outubro.
Horários: De terça à sexta, das 14h às 18h. Aos sábados, das 9h às 13h.
Local: Sede da Fotoativa, Praça Barão do Guajará, 19, Campina, Belém.
Entrada gratuita.
Programação da exibição de filmes:
LAVRA
de Lucas Bambozzi
Dia 16 de setembro, às 18h.
Camila, geógrafa, retorna à sua terra natal depois de o rio de sua cidade ser contaminado pelo maior crime ambiental do Brasil, provocado por uma mineradora transnacional. Camila segue o caminho da lama que atingiu o rio, varreu povoados, tirou vidas e deixou um rastro de morte e destruição, e começa a repensar seu estilo de vida. Decide fazer um mapeamento dos impactos da mineração em Minas Gerais e se envolve com ativistas e movimentos de resistência, saindo do individualismo para a coletividade. Lavra é um road-movie sobre perder um mundo e tentar recuperá-lo, sobre pertencimento e identidade, na guerra em curso entre capitalismo e a natureza.
ARPILLERAS: atingidas por barragens bordando resistência
Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Dia 23 de setembro, às 18h.
Cinco mulheres de diferentes regiões do país, foram vítimas de desastres ambientais que resultaram no desabamento de barragens. Agora, por meio de entrevista o documentário mostra como elas tentam superar o ocorrido por meio da técnica chilena de costura das “arpilleiras”. Ao mesmo tempo, o papel da mulher na sociedade brasileira também é abordado em todo o filme.
CINZAS DA FLORESTA
Direção de André D’Elia
dia 01 de outubro, às 18h.
Cinzas da Floresta mostra a importância das brigadas voluntárias de combate a incêndios florestais no Brasil no contexto de mudanças climáticas e descontrole dos incêndios na Amazônia. O filme acompanha uma ação de ativismo do grafiteiro Mundano, que ao viajar por um Brasil em chamas coleta cinzas com o intuito de produzir a tinta usada em sua mais nova obra de arte.
Exposição Amazônia Desvelada
Início: 14 de setembro.
Encerramento: 11 de outubro.
Horários: De terça à sexta, das 14h às 18h. Aos sábados, das 9h às 13h.
Local: Sede da Fotoativa, Praça das Guajará, 19, Campina, Belém.
Entrada gratuita.