Por Rafael Arcanjo | Foto: Jesus Pérez/Divulgação
Nesta quarta-feira (02), o Museu do Estado do Pará recebe a exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, uma realização do Museu do Amanhã e do Instituto de Desenvolvimento e Gestão, em parceria com a produtora Automatica. A exposição tem como objetivo mostrar a grandeza, a biodiversidade e o conhecimento tradicional presentes na Amazônia, e a importância da conservação da floresta, assim como sua relação direta com o clima. “Futuros – Tempos Amazônicos” tem apresentação do Instituto Cultural Vale, patrocinador da exposição via Lei Federal de Incentivo à Cultura e pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada gratuita.
O Pará é o quarto destino por onde a itinerância passa desde que começou, e ela é caracterizada por trazer novidades a cada cidade que passa, buscando sempre se adequar e se customizar. Para a exibição na capital paraense, a artista Moara Tupinambá foi convidada para ocupar uma sala inteira com uma proposta inédita: partes da obra “Maenry Tupinambá, eu existo!”, fotomontagens e um vídeo feitos por Moara em colaboração com a Aldeia Tucumã Tupinambá e parentes da Aldeia Papagaio do Rio Tapajós. As obras dessa nova intervenção transmitem uma poderosa mensagem de ancestralidade, identidade, espiritualidade, memória coletiva e resistência.
“Fruturos – Tempos Amazônicos” é dividida em sete áreas e aborda temas como fauna, flora, povos e cultura. A imersão é o grande carro-chefe da exposição, levando o público a se sentir parte da floresta amazônica a partir da ambientação, com atividades interativas com elementos da diversidade amazônica e da atmosfera sonora da floresta.
Por exemplo, a exposição convida o público a experimentar a sensação de um mergulho em um lago amazônico, visando ressaltar a importância da diversidade de povos. Temas que tentam compreender e escutar as populações da região e suas lutas, por um convívio sustentável e respeitoso com a floresta e seus insumos, são abordados dentro desse projeto do Museu do Amanhã.
“Estamos muito felizes com nosso primeiro projeto de itinerância, que é uma conquista muito importante para o Museu do Amanhã e reforça o pioneirismo do IDG. A iniciativa confirma o alcance do Museu, agora de forma geográfica, para além do ambiente virtual. Esse projeto traz ainda um chamado e um importante alerta sobre o que podemos fazer pela preservação de um dos maiores patrimônios mundiais, que precisa de soluções urgentes para sua manutenção”, explica Fábio Scarano, curador do Museu do Amanhã.