Por Isabelly Magalhães/Foto rede social da artista
“Tem que reunir a sabedoria delas”.
A escritora, poetisa e multi artista paraense, Heliana Barriga, participou, neste último final de semana, do Fórum “Arte pela Justiça Climática”, que ocorreu em Belém durante os dias 20 e 21 de setembro e reuniu artistas internacionais e o público geral para debater como a arte pode oferecer respostas para a pauta climática. Com os debates cada vez mais aflorados sobre as ameaças das mudanças climáticas no mundo, diversas frentes tornam-se importantes para elaborar respostas para a crise do clima, o portal Jambu conversou com a escritora para perguntar o que ela pensa sobre a crise climática que o mundo vem enfrentando.
Heliana lançou recentemente o “Meu livro caiu da árvore”, que é, segundo ela, um produto do pensamento em que devemos incluir nesse cenário as vozes das crianças.No livro, ela busca conectar o público infantil com a natureza de forma integral, com foco nos animais invertebrados e miudezas da terra. Agrônoma por formação e há 40 anos dedicada à literatura infantil, a escritora afirma que “Essa questão da floresta é uma questão olhada com muito romantismo pela educação. As pessoas fazem trabalhos com árvores; desenham árvores mas só do solo ‘para’ acima, mas existe uma vida invisível ao redor. Eu acho interessante reunir as pessoas, de todos os tamanhos, de todas as idades, de todas as essências. Tem que chamar as crianças, tem que chamar a sabedoria delas”, enfatizou a escritora.
“O curupira está desesperado, precisamos ajudar ele.”, aponta Heliana de forma humorada sobre a necessidade de união frente aos impactos das mudanças climáticas e do descaso com a natureza. Já homenageada pela Feira do Livro e das Multi-vozes de 2023, Heliana Barriga apresenta outros trabalhos ligados ao público infanto-juvenil com obras como “A Abelha Abelhuda” e “Palavra de Boca”. Palavra de Mão” e se define como uma autora com olhar para a poesia da terra.