Da Redação | Foto: Reprodução Instagram
“Eu não sou a Graziele do corpo dourado, eu sou a Leona da cor do pecado”. É assim que a artista se descreve no documentário “LEONA”, lançado no último sábado, 17 de setembro, na plataforma de streaming do Youtube. O minidocumentário conta a trajetória da cantora desde à infância e traz seus primeiros vídeos, os bastidores, os clipes, relatos de amigos e companheiros de criação, além de uma entrevista produzida exclusivamente para a produção cinematográfica.
Durante o documentário, Leona revela que seu nome é uma construção que faz desde à infância, e que com o passar dos anos, foi apenas adicionando mais sobrenomes até se tornar: Nati Natini Natili Lohane Savic De Albuquerque Pampic de La Tustuane de Bolda, mais conhecida como Danusa Daisy Medly Leona Meiry Cibele de Bolda de Gasparri. A direção do produto audiovisual foi uma colaboração conjunta de Clara Soria e Hugo Resende, com os figurinos de Gustavo Pinhal e Stefano Hornhardt, a maquiagem e caracterização de Cabral e a produção executiva também de Gustavo Pinhal.
Além disso, Leona traz em suas filmagens o Paulo Colucci, o amigo que fez a personagem “aleijada hipócrita”, em um de seus primeiros vídeos. “A gente começou lá atrás, em 2009, e a gente não tinha ideia do que era aquilo. Na época, a internet não tinha essa dimensão imensa que tem hoje, as pessoas não corriam atrás de ser youtuber, as pessoas não corriam atrás de ser vlogueiros, de ser blogueiros. É tanta coisa que existe hoje na internet que a gente fica até sem saber o que as pessoas são mesmo. Então, a gente brincava de fazer vídeos e em um desses vídeos, que foi por acaso a “Leona Assassina Vingativa”, foi publicado no YouTube e aquilo bombou!”, comenta Paulo.
Com a vontade de apresentar a sua arte ao público desde criança, o minidocumentário mostra que Leona foi uma das pioneiras a produzir vídeos em formatos de séries e novelas curtas no YouTube. “Bom, a gente pode dizer que a Leona assassina e vingativa é a primeira youtuber do Brasil. A gente escuta falar muito essa palavra hoje, né? Mas a Leona foi uma das primeiras pessoas a interagir com o YouTube, a criar aquelas “serieszinhas”. Era uma mini novelinha junto com a Aleijada Hipócrita do meu bairro, da periferia do Jurunas. Eu conheço a Leona desde que ela era uma “criança viada”, então tanto a música do “Frescáh no Círio”, quanto a música da Copa do Mundo “Eu Quero um Boy”, eu escrevi pra Leona, e é isso, ela é uma afilhadinha pra mim” (…). Agora a gente vê um monte de drags maravilhosas fazendo sucesso, mas sim, Leona é pioneira. Viva a rainha Leona, assassina e vingativa!”, ressalta Gaby Amarantos, cantora e compositora paraense.
Por fim, a artista comenta ainda sobre a letra de sua música “Frescáh no Círio” e do quanto ela é importante ao representar a comunidade LGBTQIAPN+. “A mensagem que traz é que a fé é pra todos, a fé é pra mim, a fé é pra um sapatão, é pra um aleijado, é pra um, entendeu? Então, é pra todo mundo, é pra todos ali reunidos em uma só fé. E assim, lá em Belém no Círio de Nazaré, as “monas” amam a Nazinha, elas são loucas por Nossa Senhora de Nazaré e quando acaba a festa, é o Círio de Nazaré, acabou aquela festa, ali todo mundo vai pro Círio. É por isso que eu digo, porque elas estão na corda ali, ligadas na fé delas com Deus, com Nossa Senhora de Nazaré, só querem pagar as promessas delas e saírem doidas”, finaliza Leona.
O minidocumentário “LEONA” está disponível no canal de Leona no YouTube, e pode ser acessado clicando aqui.