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Da Redação | Foto: Pierre Azevedo

A produção audiovisual terá um momento especial dentro da programação do Fórum “Arte pela Justiça Climática”, realizado pelo Prince Claus Fund com parceria da Open Society Foundations, nesta sexta-feira (20) e sábado (21). Sempre, pela parte da tarde, acontecem exibições gratuitas de filmes documentais sobre diversas temáticas. Após cada exibição, o público poderá participar de uma roda de conversa com os diretores das produções. Confira um pouco mais sobre cada filme abaixo!

Sexta-feira, dia 20:

A programação audiovisual na sexta-feira tem início às 16h, com “O Que Pode Vir Acontecer”, da egípcia Marianne Fahmy. Este filme aborda, de maneira especulativa, as consequências de uma inundação no Delta do Rio Nilo, no Egito, devido às mudanças climáticas, e alterna entre mitos e história, realidade e ficção, a obra desconstroi projetos hídricos existentes e imagina um futuro onde o nacionalismo pode ser reinventado. Ao final do filme, haverá um bate-papo com Marianne mediado pelo artista visual palestino Benji Boyadgian. 

O curta-metragem “Carimbó Raiz da Vida”, da paraense Priscila Cobra, também será exibido no mesmo horário, no Curro Velho. A produção é uma construção híbrida de poesia audiovisual, criada a partir da simbiose dos olhares de dois nortistas negros – Priscila Cobra e Marcos Côrrea –, comunicadores, periféricos que atuam criando conteúdos sobre o mesmo território, a Amazônia. 

Já às 17h, serão exibidos o documentário “DESERT PHOSfate”, do cineasta argelino Mohamed Sleiman Labat, e os filmes “Como se o Mundo Não Tivesse Oeste” e “Caminho para as Estrelas”, da artista luso-angolana Mónica de Miranda. Na produção documental, é explorada a história do fosfato, assim como as diversas narrativas sobre a conexão com a terra, as partículas de areia, as plantas e o deslocamento humano e mineral. 

As produções de Mónica de Miranda se passam em Angola e compõem uma sequência de quatro partes. Nas produções, a artista visual oferece maneiras não ocidentais de visualizar paisagens e desafia percepções normativas de memória, história e território, além de destacar as estruturas coloniais e os legados que ainda precisam ser desmantelados. Ao final das exibições, a jornalista e cineasta paraense Joyce Cursino mediará uma conversa com Mónica.

Sábado, dia 21:

No segundo dia do Fórum, as exibições acontecem a partir das 13h30, e a primeira produção prevista é do curta “A 7 palmas da Liberdade”, da produtora paraense Negritar Filmes. A trama se desenrola quando Raimundo e Maria, um quilombola e uma indígena da Vila Nossa Senhora da Batalha, no nordeste do Pará, decidiram ir ao cemitério onde seus ancestrais estão enterrados. Este local é ocupado por uma empresa de óleo de palma que privatizou a área e estabeleceu a plantação em cima dos túmulos. O conflito é inevitável.

Na mesma faixa de horário também será exibido o filme “Azziza’s Garden: A film in process”, do palestino Tareq Khalaf. Esta produção explora a jornada do artista de retornar à Palestina e perceber a profunda conexão com o lar. Tareq documenta sua experiência com suas duas avós e com sua tia-avó, Azziza, e reflete sobre o privilégio de pertencer a um lugar e o profundo significado do lar, mesmo em meio à fragmentação familiar, à guerra e aos muitos desafios da vida na Palestina. Ao final de ambas as exibições, haverá um bate-papo com os diretores.Inscreva-se para participar das oficinas aqui!

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