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Da Redação | Foto: Divulgação

A exposição  “Benedicto Monteiro – 100 anos”, inaugurada em fevereiro deste ano, comemora o centenário do jornalista, advogado, político e escritor Benedicto Monteiro. A mostra conta com fotografias, objetos e painéis que retratam, por meio de trechos das obras do escritor, as diversas facetas desse ícone da cultura paraense. “Benedicto Monteiro – 100 anos” está aberta até o dia 14 de abril, na Galeria Fidanza do Museu de Arte Sacra. A visitação é de terça a sábado, das 09h às 17h, com entrada gratuita.

O escritor, que nasceu no município de Alenquer, em 1924, publicou seu primeiro livro de poesia aos 18 anos. Tempos depois foi eleito Deputado Estadual, mas o duro regime militar suspendeu, em 1964, o seu mandato, e Benedicto foi perseguido, preso e torturado. Após sua libertação, tornou-se advogado agrário e publicou obras voltadas ao tema, como “Direito Agrário e Processo Fundiário”, além de diversos livros de poesia e ficção. “A exposição em sua homenagem foi montada para dar ênfase na trajetória de Benedicto como escritor”, declarou Tamyris Monteiro, diretora do Museu do Estado.

“Embora tenha atuado em diversas áreas da vida, a carreira de Benedicto como escritor é o foco principal da exposição. As obras selecionadas eternizam sua visão única sobre a Amazônia. A exposição foi cuidadosamente construída para destacar a maneira como Bené (apelido de Benedicto) retratou a importância vital da Amazônia para o mundo, especialmente através da perspectiva da dependência dos rios para a vida e felicidade das pessoas que habitam essa região”, revelou Tamyris.

Primeira obra de Benedicto Monteiro compõe a exposição. Foto: Cristino Martins/O Liberal

A mostra reúne 11 fotografias e 13 painéis que passeiam pela vida e obra do homenageado. A curadoria é do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM/Secult), com colaboração também da família de Benedicto Monteiro. Para Wanda Monteiro, filha do autor, a exposição é o momento de reconhecimento pela trajetória de seu pai. Além de participar do processo curatorial, Wanda Monteiro está trabalhando para publicar, ainda este ano, um trabalho inédito do pai sobre contos e lendas amazônicos, junto a republicação de sua primeira obra, “Bandeira Branca”.

“Esse resgate da memória, a valorização e reconhecimento do valor histórico do Bené para o estado traz para gente um sentimento bom, é um sentimento de acolhimento. Para nós e pra ele. E eu digo que são cem anos de existência, porque homens como Benedicto não morrem, tem a sua ressurreição diária nas palavras que foram deixadas como legado”, compartilhou Wanda.

Emanuel Franco, diretor do Museu de Arte Sacra, também destaca o cuidado em contar a trajetória de Benedicto. “A exposição apresenta recortes e painéis destacando sua obra, trechos literários de sua trajetória, imagens do escritor em suas diversas atuações, e objetos cotidianos que remetem ao conteúdo literário marcante na obra de Benedito Monteiro. É uma grande celebração a esse importante escritor e à sua trajetória literária, tão essencial para a nossa cultura amazônica e tão bem retratada em sua literatura”, finaliza.

Serviço:

Exposição Benedicto Monteiro – 100 anos

Local: Galeria Fidanza do Museu de Arte Sacra, Praça Frei Brandão, s/n – Cidade Velha

Horário: 9h às 17h, de terça a domingo, até 14 de abril.

Entrada Gratuita

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