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Por Kelvyn Gomes/Imagem: divulgação

O Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) realiza, entre os dias 14 e 16 de maio, o I Fórum de Pesquisa em Cinema, na Casa das Artes. Com programação gratuita, emissão de certificados e foco no fortalecimento da pesquisa cinematográfica no Pará, as atividades ocorrerão sempre das 18h às 21h e as inscrições são on-line.

Belém se torna palco de debates e reflexões sobre o cinema como arte, linguagem crítica e ferramenta de transformação social. Idealizado pelo professor e pesquisador Marco Antonio Moreira, da Universidade Federal do Pará (UFPA), o fórum busca aproximar estudantes, pesquisadores, cinéfilos e o público em geral de estudos acadêmicos que tratam do cinema para além do entretenimento. “O cinema é essencial no século 21. A gente aprende a valorizá-lo como arte quando estuda”, afirma o coordenador do evento.

A programação reúne pesquisas que dialogam com áreas como história, psicanálise, crítica e artes visuais, explorando desde clássicos do cinema brasileiro até produções paraenses e a obra do cineasta Líbero Luxardo. Um dos destaques é a análise do impacto político de “Iracema – Uma Transa Amazônica”, apresentada por Leandro Alves da Silva, e a leitura histórico-estética de “Cabra Marcado para Morrer”, com Januário Guedes.

O fórum também abre espaço para refletir sobre a produção cinematográfica local. O pesquisador Ramiro Quaresma traça um panorama da filmografia invisibilizada do Pará ao longo do último século, enquanto Beatriz Oliveira discute a direção de arte e a visualidade amazônica no cinema contemporâneo.

Outro ponto da programação será a homenagem a dois nomes centrais da crítica e pesquisa cinematográfica no estado: Pedro Veriano e Luzia Álvares. Esta última também participa como debatedora do evento. “Estudar o cinema em Belém é essencial para entender a história cultural e urbana da cidade. O fechamento dos cinemas de rua simboliza o esvaziamento dos encontros públicos e coletivos”, pontua a pesquisadora Raissa Barbosa, que apresentará um trabalho sobre os espaços de exibição na capital paraense.

Para Marco Antonio “é fundamental visibilizar os trabalhos que vêm sendo feitos e estimular novos olhares sobre o cinema. Conhecer essas pesquisas nos ajuda a entender a complexidade das obras cinematográficas e a valorizar ainda mais a sua potência”.

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