
Por Kelvyn Gomes/Imagem: divulgação
Joelma Klaudia, Olivar Barreto e Renato Torres se reúnem novamente nesta sexta-feira, 09 de maio, às 21h, na Casa Apoena, na Cidade Velha em Belém, para interpretar clássicos da Tropicália, movimento que marcou os anos 1960.
O repertório revisita clássicos como “Alegria, Alegria”, “Baby”, “Domingo no Parque” e “Panis et Circenses”. “A gente volta depois de um ano para cantar essas músicas que seguem vivas, com toda a força poética, política e emocional que têm. Esse encontro no palco é mergulhado no respeito e na admiração que temos uns pelos outros. Estar ao lado de Olivar e Renato me faz sentir gigante”, antecipa Joelma Klaudia. O show, que reúne três artistas da música paraense, se destaca pela proposta estética, com figurinos que remetem à ousadia visual dos anos 1960, os artistas recriam a atmosfera do movimento cultural que desafiou convenções e misturou música popular, rock, arte de vanguarda e crítica social. “O figurino também não era só estético, mas político e simbólico. Ele expressava a antropofagia cultural, a ideia de devorar influências estrangeiras para criar algo novo, genuinamente brasileiro”, pontua Olivar Barreto.
Para Olivar, revisitar a Tropicália é também reforçar o papel da arte como força transformadora. “O movimento rompeu com padrões rígidos da época, misturando tudo: pop arte, folclore, rock psicodélico. Era uma proposta ousada que ainda hoje provoca reflexão”, afirma o cantor.
A ideia de resistência atravessa o show desde a sua origem. Renato Torres relembra que a primeira edição aconteceu em 2013, num momento de efervescência política no país. “A gente sentiu que a Tropicália fazia sentido de novo, não apenas pela música, mas pela coragem política de seus autores. Hoje, ela ressoa ainda mais forte, diante de tudo que vivemos na última década”.
Além dos três artistas nos vocais, Renato assume também a guitarra, acompanhado por Rafael Azevedo (baixo), Rodrigo Ferreira (teclados) e Many (bateria). A proposta é oferecer ao público uma experiência completa, uma viagem sonora e visual pela ousadia criativa que marcou gerações.