Portal Jambu

Por Rafael Arcanjo*

Apostando no R&B, a cantora e compositora Lanara, natural de Tucuruí, lançará nesta próxima segunda, 10, “Dói tudo aqui dentro”, seu segundo álbum autoral. Com 5 faixas, o disco passeia pelas diferentes etapas de um relacionamento e traz uma sonoridade eclética, com elementos da música brasileira, como o samba e o funk. A produção musical do projeto é de Raikage, conterrâneo de Lanara do sudeste paraense.

No seu primeiro álbum “Aí que dó de mim”, lançado em 2020, a artista trouxe uma sonoridade diferente da nova produção. As influências de seu primeiro disco foram os gêneros indie e hip-hop. Agora, neste novo projeto, a influência é o gênero musical Rhythm and Blues contemporâneo, tendo o cantor baiano Bacu Exú do Blues como um de seus principais representantes e uma das referências de Lanara. “Eu adorei fazer esse álbum, porque ele incorpora os elementos de tudo aquilo que eu ouço e conseguiu captar o momento que vivo atualmente na minha vida pessoal”, revela a artista.

Ela conta que a história que as 5 faixas apresentam ao decorrer do álbum vêm de relatos sinceros e íntimos, e mostram ao ouvinte que da mesma forma que um relacionamento amoroso pode ser sensual, quente e pulsante, ele pode também ser muito doloroso. As músicas passeiam através das diversas fases de uma relação de afeto: partindo da paixão de início de namoro até a frustração do término e esperança de volta, chegando à superação. Uma história que todos já devem ter experienciado ao menos uma vez na vida, segundo Lanara.

“Nesse novo trabalho, incluímos várias referências que nunca tínhamos explorado antes, como elementos de pagode e samba, elementos de música latina e afrobeat, e tudo isso sem perder a identidade da Lanara, pelo contrário, somando ainda mais com a riqueza de detalhes desse álbum” avalia Raikage, produtor musical do projeto.

Lanara é natural de Tucuruí, mas mudou-se aos dois anos de idade para Marabá, e atualmente vive no Paraguai, desde o ano passado. Seu primeiro álbum foi um dos destaques de 2020, e levou a artista a se apresentar na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro, no Parque Musical em Belém e na 3ª Edição da Mostra da Canção Paraense.

Faixa a faixa – A primeira faixa se chama “Ainda é novembro”, e segundo Lanara é o carro-chefe do álbum, trazendo consigo o trecho que nomeia o projeto. A música traz elementos mais regionais e mais voltados à natureza, como uma flauta indígena, um canto de pássaros e outros. A cantora se refere a esta canção como uma “força de natureza”.

Já a segunda faixa é “Eu sei que eu sou o amor da tua vida”, sendo a composição mais antiga do álbum, com aproximadamente sete anos. Depois de passar esse tempo engavetada, Lanara e Raikage resolveram trabalhar nela, colocando alguns elementos do samba. E apesar da música ser dolorosa, com sentimentos intrínsecos, o resultado desta nova versão é muito gostoso de se ouvir. 

Em seguida, “Quase que a gente deu certo”, composição de 2021, um ano antes da cantora se mudar para o exterior, traz na sonoridade da música um pouco dessa bagagem que é a vivenciar outro país, uma outra cultura, e isso se manifesta na produção  através de uma pegada mais latina, mais “caliente”. A  penúltima faixa chama-se “A mais triste do álbum 2”. De acordo com Lanara, é uma referência a uma das faixas do primeiro álbum, de mesmo nome, por isso a ideia de sequência do 2. A música é um pouco antiga, com 4 anos, e pode ser considerada um descarte do primeiro projeto da cantora. “Podemos dizer que ela é uma faixa descartada do primeiro trabalho, mas que tem tudo a ver com o ‘Dói tudo aqui dentro’. Tem uma parte falada e é bem dolorosa mesmo, mas é uma música bem legal” destaca. 

Finalizando o álbum, a quinta e última música é “Gato solto”, e conforme a cantora, é a canção mais dançante e menos triste do projeto, com uma pegada voltada ao funk e ao R&B.

 

Serviço: Lançamento Lanara lança “Dói tudo aqui dentro”

Data: 10 de julho

Disponível em todas as plataformas digitais da artista

 

O Portal Jambu é um espaço de jornalismo experimental com matérias produzidas por estudantes de graduação da Faculdade de Comunicação da UFPA sob a coordenação da Profa. Dra. Regina Lima e do jornalista Marcos Melo.

Fotos: Eduardo Solcard

* Sob supervisão da jornalista Giullia Moreira

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