Da Redação | Fotos: Divulgação
A partir de hoje, 15 de maio, está aberto ao público o Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) na rua Senador Manoel Barata, onde funcionou a antiga loja de departamentos Yamada, no bairro da Campina, em Belém. Segundo os organizadores, a localização do centro cultural também é uma forma de requalificar o centro histórico da capital paraense. O prédio está previsto para ser aberto ao público a partir das 9h.
O CCBA é um projeto financiado pelo Ministério da Cultura via Lei Rouanet com patrocínio da Shell Brasil, Instituto Cultural Vale e Mercado Livre. Na semana passada, o prédio recebeu para visitação seus primeiros convidados para conhecer e divulgar o espaço. A vernissage recebeu políticos, artistas, influenciadores e demais convidados em três momentos distintos, incluindo uma atividade na Ilha do Combu. Nesta quarta-feira feira, o espaço abre para visitação do público em geral.
Serão mais de 7 mil metros quadrados distribuídos em três andares dedicados às artes visuais. O CCBA deve receber, depois de 55 dias de reforma e uma equipe de mais de 60 trabalhadores de diferentes áreas, exposições, instalações, performances e residências artísticas, como informam seus organizadores. Para a inauguração, o Instituto Bienal das Amazônias, responsável pelo projeto, destaca que nesta primeira etapa o prédio irá receber duas exposições: uma referente ao centenário do artista venezuelano Carlos Cruz-Díez, intitulada “RGB: As cores do século”, criada pelo Atelier Cruz-Diez que dá continuidade ao trabalho de Carlos, em colaboração com o conservador do Centre Pompidou (FRA); a segunda será a instalação “Para que não se acabe”, da fotógrafa Paula Sampaio que também assina o trabalho disponível no primeiro piso do prédio, uma referência a história da cidade a partir de fotografias do centro histórico de Belém, uma forma de, segundo os organizadores, relacionar o próprio centro cultural e seu entorno.
No ano passado, 2023, a 1ª Bienal das Amazônias funcionou, de agosto a novembro, no mesmo espaço. Inspirada no professor e poeta paraense João de Jesus Paes Loureiro, a bienal tinha como tema as águas, elemento natural fundamental para se entender a vida na região, e por isso foi intitulada “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos”, a exposição homenageou ainda a fotógrafa paraense Elza Lima e contou com curadoria de Vânia Leal e Keyna Eleison e recebeu mais de 120 artistas de todos os países que formam a Amazônia
Internacional.
O prédio que receberá agora o centro cultural faz parte da história e, de certa forma, do imaginário da cidade. Lá funcionou até 2016 a Yamada Matriz, uma das inúmeras lojas de departamentos e supermercados criada por uma família de imigrantes japoneses em 1950. Uma das maiores empresas varejistas da região, a Y. Yamada se tornou soberana em Belém, mas após o falecimento de seu fundador, passou por uma grave crise administrativa e financeira, vindo a encerrar suas atividades em diversas lojas em 2016. Ainda assim, a edificação onde funcionou uma de suas principais lojas é um ponto de referência na cidade, já que fez parte de toda uma geração.
Serviço
Centro Cultural Bienal das Amazônias
Horários de funcionamento: Quarta e quinta de 9h às 17h, sexta e sábado de 10h às 20h, domingos e feriados de 10h às 15h
Local: Rua Manoel Barata, 400 (antiga Yamada Matriz)
Aberto ao público a partir de 15 de maio