Por Rafael Arcanjo | Foto: Divulgação
É o que ensina o livro digital “Imagens para Jogar, do Sul ao Norte – Caderno Educativo”, organizado por Ceci Bandeira, artista paraense, e Ana Cuesta, artista uruguaia, que traz práticas criativas envolvendo o público infantil e a fotografia. Realizado com fomento da Lei Paulo Gustavo, o e-book foi lançado hoje (05), e ficará disponível gratuitamente na Amazon durante os próximos dias.
O público-alvo do livreto é os educadores, artistas e mediadores que desejam incorporar práticas criativas em suas metodologias pedagógicas. O “Caderno Educativo” reforça a importância das artes e da expressão criativa no desenvolvimento infantil, pois elas estimulam a imaginação, a criação coletiva e o pensamento crítico.
Este guia prático surgiu como produto do projeto “Imagens para Jogar, do Sul ao Norte”, realizado no início deste ano na Associação Limoeiro, no Jurunas, em Belém. Em seu interior, o livro traz brincadeiras e outras dinâmicas de arte-educação que foram aplicadas em oficinas com crianças e adolescentes na Associação. Há época, Ceci Bandeira atuou como facilitadora dessas atividades.
“O caderno propõe transformar fotografias em jogos interativos, estimulando a criação coletiva e a colaboração entre os participantes”, explicou Ceci, acrescentando que o mini livro foi pensado para ser reproduzido em diversos contextos educacionais.
A proposta dessas atividades foi realizar um intercâmbio artístico e uma troca de ideias entre o público infanto-juvenil do bairro do Jurunas. A ação do projeto foi inspirada no trabalho de Ana Cuesta, moradora de Montevidéu, capital do Uruguai, e que da varanda de seu apartamento, tirava fotos dos pedestres nas calçadas. Depois, ela intervia nas imagens e as transformava em jogos para as crianças, que podiam manuseá-las e criar suas próprias narrativas.
Ceci explica que a metodologia do projeto desafia o protagonismo artístico ao criar obras coletivas e experimentais. Ela também aponta que o “Imagens para Jogar” questiona a noção convencional de arte como algo contemplativo e intocável, trazendo leveza à rigidez institucional e convidando todos a jogar e participar. “A ideia central é que as fotografias possam ser muito mais do que meros registros visuais, elas se transformam em ferramentas de interpretação e criação. Ao compartilhar e intervir nas imagens, explora-se a fotografia para além da contemplação passiva, tornando-a uma atividade coletiva”, disse Ceci.
O livro ficará disponível livremente na Amazon por um certo período de tempo. Passado esse tempo, ele será vendido a um valor acessível, e os lucros serão destinados à Associação Limoeiro, local onde as oficinas aconteceram.