Por Rafael Arcanjo | Foto: Reprodução Instagram
O professor de história Michel Pinho realiza, neste domingo (17), a aula pública “Das Epidemias aos Palacetes: Belém entre o XIX e o XX”, a partir das 7h30, com concentração na Igreja Anglicana, na Av. Serzedelo Correa. A aula será um passeio pelo centro da capital paraense, saindo às 8h15 do ponto inicial em direção ao Palacete Bolonha.
Segundo Michel Pinho, o roteiro do encontro inicia abordando a vida em Belém no século XIX, com as epidemias de cólera e febre amarela. O público vai poder acompanhar uma análise acerca do Cemitério da Soledade enquanto um local religiosamente diverso, além de entender o porquê da importância de se preservar espaços históricos.
Michel conta que as transformações que Belém passou da metade do século XIX até o início do século XX serão os principais pontos abordados no evento. “A aula pública tem por objetivo discutir as transformações da metade do século XIX até o início do século XX, um processo grave em relação à saúde pública com o avanço da cólera e da febre amarela e a necessidade da higienização da cidade com espaços burgueses no centro de Belém, como é o caso da Avenida José Malcher, Nazaré, Gentil Bittencourt e Doutor Moraes. Nestes espaços, nós temos a edificação de inúmeros palacetes que vão servir para a rica burguesia da borracha daquele período”, explica.
Do cemitério, o foco será os edifícios históricos, como a casa de Antônio Lemos, que foi intendente responsável pela urbanização do centro de Belém, o Palacete Faciola e o Palacete Bolonha. Estes prédios históricos são marcos dos tempos áureos da Era da Borracha, também conhecida como a Belle Époque. Este período histórico começou na segunda metade do século XIX, mas teve seu auge nos primeiros anos do século XX.
“As minhas expectativas são as melhores possíveis no sentido de que essa população possa encontrar não só a relação com a história e a cidade, mas também com as transformações que Belém tem nos últimos 150 anos.”, finaliza Michel Pinho.