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Por Kelvyn Gomes/Imagem: Divulgação

Amanhã, terça-feira, 3 de junho, às 19h, o Espaço Na Figueredo, em Belém, vira passarela, palco e ponto de encontro de vozes, cores e ritmos da Amazônia. É quando a marca Aracê lança sua segunda coleção de camisetas em um evento que pretende extrapolar os limites da moda para se afirmar como experiência cultural, sensorial e política.

A proposta da Aracê nasce do desejo de comunicar a Amazônia a partir de dentro, um gesto coletivo que une arte visual, música e narrativas gráficas como formas de resistência. Criada pelas irmãs Andréa, Inês e Adriana Silveira, com trajetórias na fotografia, produção cultural e educação, respectivamente, a marca articula criações que fogem do estereótipo folclórico e se conectam com as múltiplas linguagens do território. Segundo ela, vestir uma peça da Aracê é afirmar um lugar de fala amazônico, em sintonia com os saberes tradicionais e a ousadia da arte. “Não estamos falando apenas de camisas, mas de narrativas gráficas que educam, provocam e pertencem”, afirma Adriana Silveira.

As estampas são assinadas pelos artistas visuais Zélio e Thalis, que recorrem a grafismos indígenas, cores da biodiversidade e símbolos ancestrais para compor imagens que carregam memórias. “Nos interessa essa Amazônia que se move, que não é paisagem, mas linguagem. Que se inscreve na pele, no gesto e na ideia”, resume Zélio, integrante do núcleo artístico da marca.

A cantora Gigi Furtado, acompanhada por JP Pires, também sobe ao palco e compartilha o simbolismo do figurino como extensão da identidade. “Vestir uma peça inspirada na Amazônia é assumir um lugar, uma fala. Moda e música, quando caminham juntas, têm o poder de emocionar e marcar uma presença que é estética e política”, defende Gigi.

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