Com rap, pop, indie e brega, o Psica anuncia as primeiras atrações do festival para este ano, que acontece de 12 a 14 de dezembro, com shows na Cidade Velha e no Mangueirão.

Por Kelvyn Gomes/Imagem: Divulgação
O Festival Psica acaba de anunciar os primeiros nomes do line-up da edição 2025. Reunindo grandes nomes nacionais com sotaques e sonoridades das periferias brasileiras, o Psica reforça uma identidade do Norte do país. “O Psica mostra o que é a música do Brasil sob o ponto de vista do Norte. A gente diz, sem medo de errar: daqui a gente enxerga melhor, porque inclui no jogo a peça que falta, que é justamente a sonoridade do Norte, região invisibilizada nos outros grandes festivais, afirma Jeft Dias, um dos idealizadores do festiva.
Depois de reunir mais de 100 mil pessoas em 2024, com atrações internacionais, o festival retorna com o tema da “Dourada”, referência à viagem de retorno à origem, ao território amazônico. Os palcos da edição 2025 estarão novamente distribuídos entre a Cidade Velha, no centro histórico de Belém, e o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão.
Lenda viva do rap brasileiro e líder dos Racionais MC’s, Mano Brown é mais que um nome no line-up do festival, é, segundo os realizadores, um símbolo. “Nosso sonho era ter o Mano Brown no line-up, porque ele reafirma essa identidade periférica e preta brasileira. Muita coisa na nossa trajetória é ligada ao Racionais”, conta Gerson Dias, um dos diretores do festival.
A presença de Brown no Psica representa um reencontro entre gerações e territórios que compartilham da mesma luta, a valorização da cultura negra e a denúncia das desigualdades sociais no Brasil.
Outro destaque é a apresentação inédita de BK com Evinha, cantora negra que brilhou nas décadas de 1960 e 70 e ganhou nova projeção após ser sampleada em “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer”, álbum mais recente de BK. O disco, sucesso nas plataformas digitais com mais de 100 milhões de plays, mistura beats contemporâneos com memórias sonoras da música brasileira. “A gente já queria trazer a Evinha antes desse boom nas redes. Quando vimos o feat com o BK, soubemos que era o momento certo. O Psica busca tornar possíveis esses encontros únicos: feats ao vivo que viram momentos inesquecíveis para os fãs”, explica Jeft.
De volta ao festival onde se apresentou em 2021, Marina Sena traz para Belém o show de “Coisas Naturais”, seu trabalho mais recente. O repertório mistura o pop com referências afro-brasileiras e latinas, consolidando a artista como um dos principais nomes da nova geração.
Já Wanderley Andrade, conhecido por sua voz potente e figurinos excêntricos, promete uma performance à altura de um espetáculo internacional. Ícone do brega-pop-calypso, o artista paraense representa a força e o carisma da música produzida na Amazônia.