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O coletivo paraense Croa promove nesta quarta-feira, 12, às 16h, a oficina criativa “dança com batuques”, no Sesc Casa de Arte Cênicas.  Já nos dias 15 e 16, sempre às 19h, o coletivo apresenta, no Teatro Universitário Cláudio Barradas o espetáculo “Corpos de Tambor”. A programação, que já percorreu o Norte e Nordeste do país, é fomentado pela Bolsa FUNARTE de Dança Klauss Vianna 2023, com apoio do Programa Rede das Artes da Fundação Nacional de Artes, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Por Kelvyn Gomes/Imagem: Divulgação

Experiência imersiva no SESC

A desta quarta, 12, é voltada para jovens, artistas independentes, improvisadores, dançarinos e pesquisadores das artes cênicas. A atividade oferece uma vivência do processo criativo do espetáculo, explorando a relação entre movimento e percussão. Com ênfase no improviso e na presença cênica, a oficina trabalhará a preparação corporal a partir dos ritmos afro-amazônicos. As inscrições podem ser feitas pelo formulário disponível online.  

“Corpos de Tambor”

O espetáculo investiga a conexão entre corpo, som e ancestralidade. A montagem atravessa diferentes referências de movimento, misturando danças populares amazônicas, como o Carimbó e o Lundu Marajoara, com estilos urbanos, como Breaking, House, Dance Hall e Krump. O resultado é uma experiência onde tradição e contemporaneidade se entrelaçam, destacam os realizadores. 

Para o artista-criador Ismael Rodrigues, a construção do espetáculo nasceu da busca pela ressonância do corpo com os tambores. “Foi um trabalho coletivo, com artistas da dança, do teatro, da música e da fotografia. Utilizamos jogos e dinâmicas com cordas e instrumentos, que contribuíram tanto para a composição cênica quanto para a preparação física do elenco”, explica.  

Os artistas pretendem que o público seja mais do que espectadores e se torne parte ativa da obra. “A interação é essencial. Cada pessoa que assiste também representa um corpo de tambor”, ressalta Rodrigues.  

Conexão entre Norte e Nordeste

A circulação de “Corpos de Tambor” começou em Salvador, com apresentações no Espaço Cultural Alagados e na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), além de oficinas e intercâmbios criativos. Para o diretor do espetáculo, Renan Rosário, a experiência revelou conexões profundas entre a cultura negra nordestina e amazônica. “A ancestralidade e o modo de vida daquele povo se aproximam muito do que vivemos na Amazônia. A cultura negra é um pilar fundamental na formação dos povos em ambas as regiões”, reflete.

Agora, com a energia renovada pelo intercâmbio com os artistas baianos, o coletivo chega a Belém para encerrar a turnê em grande estilo.

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