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Por Kelvyn Gomes | Foto: Julia Goulart

A partir de hoje, quinta-feira, 23, começa, na Galeria Theodoro Braga, no Centur, em Belém, a exposição coletiva “Mil Marias e 18 ODS”, que reúne arte, sustentabilidade e igualdade. A mostra conta com a participação de 23 artistas amazônidas e pretende representar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), além do recém-adicionado 18º ODS, relacionado a Igualdade Racial, por meio de diferentes linguagens artísticas. Com entrada gratuita, a exposição ficará em cartaz até o dia 28 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Entre as artistas participantes estão nomes como Chris Marcaro, Dani Sá, Mileide Barros, Lorena Rodrigues e Thay Petit. Elas abordam temáticas como justiça social, preservação ambiental e igualdade de gênero em obras que vão do bordado à escultura em papel. A proposta da exposição reflete o espírito colaborativo das artistas, como explica Marta Cardoso, uma das expositoras. “As obras contam sobre a cooperação entre ‘manas’, porque as artistas paraenses da Amazônia sempre estão juntas, dividindo as mesmas dores e desafios para viver de arte. Essa união nos fortalece e traz potência para nossas criações”, afirma Marta. Além da diversidade de artistas, a mostra também dá destaque a diversidade das técnicas utilizadas, como pintura, bordado e escultura.

No contexto amazônico, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ganham ainda mais relevância. A luta pela preservação ambiental, o empoderamento econômico e a promoção da justiça social são temas centrais na vida das mulheres da região e seus inúmeros desafios enfrentados em um território marcado por desigualdades. A inclusão do 18º ODS, sobre Igualdade Racial, amplia a discussão sobre a diversidade racial e socioeconômica presente no universo amazônico, reforçando o papel da arte como ferramenta de transformação social.

A escolha da Galeria Theodoro Braga para receber a exposição reflete o desejo das artistas de ampliar o alcance da mostra, inicialmente apresentada em outro espaço. “O Centur tem um público variado, que gosta de fotografia, cinema e temas atuais. Fomos muito bem recebidas pela Fundação Cultural do Pará, que reconheceu a relevância da temática para o momento que estamos vivendo”, explica Marta.

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