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Da Redação | Foto: Mácio Ferreira

Começa amanhã e vai até o dia 7 de setembro o 23º Festival de Ópera do Theatro da Paz, um dos principais eventos do gênero no país. A programação celebra a riqueza da música clássica e do teatro, com musical, recital de piano, concerto e apresentação de ópera. A edição deste ano faz homenagem ao centenário de morte de Giacomo Puccini, apresentando duas de suas obras mais emblemáticas. Realização da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Theatro da Paz, em parceria com a Academia Paraense de Música (APM), a programação inicia com “La Bohème”, com uma versão em concerto da icônica ópera de Puccini. A agenda continua nos dias 24 e 25 de agosto com o musical “O Príncipe do Egito,” uma adaptação da história bíblica de Moisés. Em setembro, haverá o “Recital de Piano Duo Azulay” no dia 4 e a apresentação da ópera cômica “Gianni Schicchi” nos dias 3, 5 e 7, finalizando o festival.

Para a 23ª edição, o festival traz a maestra Lígia Amadio, que regerá “Gianni Schicchi”, marcando a primeira vez que uma mulher assume a regência de uma ópera no festival. Outra novidade é a inclusão de um musical, em parceria com a Fundação Carlos Gomes, oferecendo matinês para o público infantil e geral. Segundo Dione Colares, diretora artística do festival, a inclusão dos trabalhos de uma figura tão emblemática quanto Puccini pautou muitas das escolhas feitas durante a preparação do evento.

“Pensamos em representar Puccini a partir de dois títulos contrastantes. ‘La Bohème’ traz um final trágico, enquanto ‘Gianni Schicchi’ apresenta um tema mais leve, inspirado na ‘Divina Comédia’ de Dante. Ambas as obras têm o amor como tema central, mas com desfechos diferentes”, explicou a diretora. Sobre “La Bohème”, a obra também possui uma importância a mais para a história da cidade de Belém por ter sido performada pela primeira vez no Brasil em 1900, no Theatro da Paz.

Nascido em 1858 na Itália, Puccini veio de uma família musical e começou sua carreira compondo óperas pouco expressivas, mas a partir de sua terceira ópera, “Manon Lescaut”, o compositor passou a ser aclamado e reconhecido por sua grande habilidade. Miguel Campos Neto, maestro da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, detalha que Giacomo Puccini foi um dos mais importantes compositores de ópera da história, sendo um expoente significativo da escola do verismo.

A diretora de produção do Festival, Nandressa Nuñez, destacou que mesmo com 23 anos de existência, nunca houveram desafios quando comparados à paixão de organizar o festival. “Temos o Festival de Manaus com 25 anos e o nosso Festival em sua 23ª edição. O importante é ter essa força que vem do Norte, dessa expressão que, antigamente, na época da borracha, sempre passaram por esses dois teatros”, finalizou.

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