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Da Redação | Foto: Raoni Figueiredo – Ag. Pará

Nesta segunda-feira, dia 8 de julho, o município de Bragança, aqui no Pará, completa 411 anos de história. Mais conhecido como a Pérola do Caeté, Bragança teve seu início no século XVII, no local onde hoje é chamado “Vila Que-Era”. Para celebrar esta data, confira um pouco da história da terra da farinha boa.

Antes da chegada dos colonizadores europeus, as terras onde hoje se localiza o município de Bragança eram habitadas por indígenas tupinambás. Há certa controvérsia sobre qual nação europeia chegou primeiro ao solo bragantino. A mais aceita é que  os franceses chegaram à região, em 1613. Tempos depois, Pedro Teixeira, capitão-mor e desbravador português, passou pela mesma área indo em direção ao estado do Maranhão, para noticiar a fundação daquela que viria ser futuramente a capital do estado do Pará: Belém.

Naquela época, Bragança ainda não tinha este nome e nem era localizada onde atualmente fica a cidade. Foi somente em 1753, mais de um século desde a visita francesa ao território bragantino, que a então Vila Souza do Caeté passou a se chamar Bragança. A alteração de nome, não foi a única grande mudança que a cidade passou nesse período, ela também mudou de lugar: saiu da margem direita do Rio Caeté, local onde hoje fica a chamada “Vila Que-Era”, para a margem esquerda.

A Estrada de Ferro

Um dos maiores símbolos não só da história bragantina, mas de grandes municípios do Nordeste Paraense e da Região Metropolitana de Belém, é a Estrada de Ferro de Bragança (EFB). A construção da grande ferrovia começou somente no século XIX, em 1883. A obra  só foi concluída 25 anos mais tarde, em 1908, com seus mais de 290 km de extensão, saindo de Belém, passando  pelos municípios de  Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel, Castanhal, São Francisco do Pará, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Capanema e Tracuateua até chegar na cidade de Bragança. 

Este grande marco da história ferroviária paraense teve seu triste fim em 1965, depois de cinco décadas de serviço, quando a Ditadura Militar a desativou, devido à postura rodoviarista que os governos da Junta Militar assumiram.

Terra da Marujada

A principal manifestação cultural e religiosa do povo bragantino acontece há mais de 225 anos, e teve seu início no final do século XVII, em 1798, quando escravizados locais pediram e receberam autorização para celebrar São Benedito, o santo preto como é conhecido. Co-padroeiro de Bragança, a devoção a ele pela região é forte, e a Festividade do Glorioso São Benedito, nome da celebração em sua homenagem,  acontece sempre no mês de dezembro e é composta, na sua parte religiosa, por missas, novenas ladainhas, procissões fluviais e terrestres. 

Já na área cultural, a programação do evento traz shows e apresentações de marujadas, cantores regionais e católicos. E por falar em Marujada, este talvez seja um dos grandes ícones da festividade de São Benedito, quando centenas de marujos, homens e mulheres vestidos de vermelho e branco, alguns descalços, dançam pela manhã para celebrar São Benedito.

Celebração dos 411 anos

Este ano, as programações comemorativas ao aniversário da Perolá do Caeté tiveram início no último sábado, dia 6, e seguem até esta terça, dia 9, com shows gratuitos promovidos pela Prefeitura de Bragança. Para hoje, apresentam-se na orla do Rio Caeté o grupo de aparelhagem Lendário Rubi, e amanhã (9), o encerramento das apresentações é com o cantor gospel Gerson Ruffino.

Feliz aniversário Perolá do Caeté!

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