Da Redação | Foto: Diego DiSouza
Em turnê pelas regiões Norte e Nordeste, o projeto “Circulação Ubu: O que é bom tem que continuar!” chega com uma programação diversificada em Belém e Ananindeua. Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet, a itinerância traz apresentações teatrais e oficinas sobre o teatro de rua com entradas gratuitas e recursos de acessibilidade para PCDs. As atividades da Circulação Ubu tiveram início nesta terça-feira, dia 21, e seguem até a próxima terça, dia 28.
Com mais de 50 apresentações Brasil afora desde 2022, a itinerância chega ao Pará com a oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua” e com a apresentação do espetáculo “Ubu – O que é bom tem que continuar!”, adaptação da polêmica peça “Ubu Rei” do dramaturgo francês Alfred Jarry, encenada pela primeira vez em 1888. Nesta parte da turnê, o projeto conta com a participação de três grupos de teatro potiguares: Clowns de Shakespeare, Facetas e Asavessa.
O workshop apresentará aos participantes as principais estratégias adotadas pelo grupo Clowns de Shakespeare em suas obras cênicas, com o objetivo de construção de cenas que dialogam diretamente com a tradição do teatro popular e de rua. Dentro do conteúdo programático, os passos de criação que deram origem ao espetáculo mais recente do grupo, “Ubu: o que é bom tem que continuar” serão compartilhados com o público. Na cidade de Belém, a oficina ocorreu nesta terça, dia 21, e a segunda parte vai acontecer nesta quarta, dia 22, na Casa da Linguagem, das 9h às 12h. Já em Ananindeua, a ação formativa acontece no Teatro do Parque Cultural Vila Maguary, nos dias 27 e 28, das 10h às 13h.
Com duração de 06 horas distribuídas em dois dias, a oficina tem como público-alvo os interessados em teatro de modo geral, com ou sem experiência, a partir dos 14 anos de idade. Número máximo de 30 participantes. Haverá presença de intérprete em Libras. E as inscrições para as oficinas deverão ser feitas pelo link no Instagram @teatroclowns.
Já o espetáculo “Ubu – O que é bom tem que continuar!” adapta o texto original da peça do século XIX. Ambientado em um país fictício chamado “Embustônia”, com um certo ar latinoamericano, os personagens vivem em um novo cenário, entre influenciadores e cachos de bananas, mas mantendo as características originais de “Ubu Rei”. Com tom satírico e de caráter popular, este espetáculo será apresentado ao ar livre, dialogando com o público e abordando temas como injustiças sociais e manipulação de informação.
A produção da obra se deu a partir da análise do trabalho de bufão, termo referente a uma figura dramática marginalizada da idade média, uma espécie de palhaço grotesco e ao mesmo tempo charmoso, crítico dos setores dominantes da sociedade. Outros referenciais para a construção da obra foram a música, composta e executada pelo próprio elenco, e a expressão e potência do teatro popular enquanto espaço coletivo de comunicação, de troca e de construção do pensamento crítico.
Em Belém, a peça ganha sessões nos dias 24 e 25 de maio, no estacionamento da Praia do Amor, em Outeiro, e na Praça do Carmo, respectivamente. Em ambos os locais, a apresentação inicia às 19h. Já em Ananindeua, a primeira apresentação será no dia 26 de maio, às 15h, no barracão comunitário da Comunidade de Cabeceiras, na Ilha João Pilatos, e a segunda no dia 28, às 19h, na área externa do Teatro Municipal de Ananindeua, no Parque Cultural Vila Maguary. Não é necessária a retirada de ingressos para as apresentações. Todas as apresentações contarão com interpretação em Libras, serviço de audiodescrição e serão realizadas em locais que disponibilizam acessibilidade a pessoas com deficiência motora.
O projeto, além de patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, conta com apoio da Fundação Cultural do Município de Belém, Fumbel, Fundação Cultural do Pará, FCP, Fundação Parque Cultural Vila Maguary, Anani Beer e Padaria Verderosa.
Serviço:
“Circulação Ubu: O que é bom tem que continuar” em Belém e Ananindeua
Programação em Belém:
Terça, dia 21 de maio:
Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)
Horário: 9h às 12h
Quarta, dia 22 de maio:
Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)
Horário: 9h às 12h
Sexta, dia 24 de maio:
Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar
Local: Estacionamento da Praia do Amor / Água Boa – Outeiro (Pistão da Praia do Amor)
Horário: 19h
Sábado, dia 25 de maio:
Espetáculo “Ubu – o Que é Bom tem que Continuar”
Local: Praça do Carmo (anfiteatro), SN – Cidade Velha
Horário: 19h
Programação em Ananindeua:
Domingo, dia 26 de maio:
Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar
Local: Barracão Comunitário da Comunidade de Cabeceiras, na Ilha de João Pilatos – Região das Ilhas do município de Ananindeua)
Horário: 15h
Segunda, dia 27 de maio:
Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Teatro do Parque Cultural Vila Maguary, Estrada do Maguari, 3360 – Maguari, Ananindeua
Horário: 10h às 13h
Terça, dia 28 de maio:
Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”
Local: Teatro do Parque Cultural Vila Maguary, Estrada do Maguari, 3360 – Maguari, Ananindeua
Horário: 10h às 13h
Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Parque Cultural Vila Maguary
Local: Área aberta do Teatro (Estrada do Maguari, 3360 – Maguari, Ananindeua)
Horário: 19h
FICHA TÉCNICA
Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto
Elenco: Caju Dantas, Diogo Spinelli, Giovanna Araújo, Paula Queiroz e Rodrigo Bico
Colaboração Dramatúrgica: Camilla Custódio
Figurino e adereços: Marcos Leonardo
Cenografia: Fernando Yamamoto e Rafael Telles
Dramaturgia musical: Marco França e Ernani Maletta
Música: Marco França, com colaboração de Franklyn Novaes, Maria Clara Gonzaga, Júlio Lima e Caio Padilha
Produção: Talita Yohana
Coordenação do projeto: Renata Kaiser
Elaboração de projeto, acompanhamento e prestação de contas para Lei de Incentivo à Cultura: Arlindo Bezerra (Bobox Produções) e Ana Paula (Alma do Minho)
Acessibilidade: Amanda LeLibras
Produção local: Produtores Criativos, com Cristina Costa, Fafá Sobrinho, Andréa Rocha, Nanan Falcão e Thiago Ferradaes