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Da Redação | Foto: Divulgação

Em comemoração ao Dia Nacional do Choro, celebrado em 23 de abril, o Espaço Savieira Cultural preparou seu palco para receber o Quinteto Caxangá e outros convidados especiais. O evento acontece nesta terça-feira (23), às 21h, e, além do Dia Nacional do Choro, a festa homenageia o lendário músico e compositor Pixinguinha. 

O Quinteto Caxangá foi criado pela artista Camila Alves, em 2015. O nome do grupo faz referência às tradicionais brincadeiras de roda infantis, e surgiu de maneira descontraída durante os ensaios e apresentações do quinteto. Desde 2019, a formação é de Camila Alves (Violão de 7 cordas), Igor Sampaio (Cavaco), Sara Moraes (Violino), João Marcos Palheta (Clarinete) e Tomás Menezes (Pandeiro).

Tomás Menezes é também um dos sócios do Savieira. O músico compartilha um pouco da sua vivência com o choro e o papel que o ritmo teve em sua infância. “Minha relação pessoal com o choro começou na infância por meio de rodas de choro e samba da família, com meu tio Orlando Vieira, professor aposentado da escola de música e do conservatório, e com meu pai Nazareno Silva, que me aproximou um pouco mais do universo do choro paraense, com o grupo que ele participava chamado ‘Sapecando no choro’. Então, sempre foi um ritmo bem vivo e presente no meu crescimento musical”, conta.

A noite será uma celebração ao ritmo, que foi recentemente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Cultural do Brasil. Além do Quinteto Caxangá, o evento de hoje conta com shows de Juliana Sinimbú, Paula Borges e O Mercado do Choro. 

O grande homenageado da festa é Pixinguinha, um dos principais nomes do chorinho. “Pixinguinha sempre foi e sempre será reconhecido como o pai do choro e uma influência mundial para nossa cultura brasileira, com suas inúmeras composições. É muito importante manter vivo o trabalho que o grande Alfredo da Rocha (Pixinguinha) nos deixou”, afirma Tomás Menezes.

Pixinguinha

Nascido no Rio de Janeiro em 1897, Pixinguinha era filho de Alfredo da Rocha Vianna, um flautista amador e um dos responsáveis pela sistematização da linguagem do choro. Desde muito novo, Pixinguinha teve contato com a música através do pai, que tinha diversas partituras de chorinho, com originais de Joaquim Antônio Callado, o “pai dos chorões”. Com 13 anos, Pixinguinha começou a integrar diversos grupos e coletivos. Com o passar do tempo, ele se consolidou como um grande músico e figura principal do ritmo choro.

Patrimônio Cultural do Brasil

Em fevereiro de 2024, o IPHAN reconheceu o Choro enquanto Patrimônio Cultural do Brasil. O pedido de reconhecimento, inicialmente, partiu de clubes e associações do gênero que, unidos, fizeram um abaixo-assinado pedindo o tombamento do choro como patrimônio cultural. A decisão de reconhecer o ritmo partiu do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que, por unanimidade, votou para tombar o estilo musical como patrimônio nacional.

Tomás observa como o espaço de produção artística na capital tem crescido com o passar dos anos, e o reconhecimento do choro como Patrimônio Cultural do Brasil pode ajudar na construção de mais iniciativas que enfoquem o gênero. “A cena da música instrumental na cidade tem crescido bastante nos últimos anos, e é de suma importância o choro estar inserido nessa ascensão, assim como pautas também mais específicas voltadas para o gênero chorinho”, conclui Tomás.

Serviço:

Comemoração ao Dia Nacional do Choro

Data: Terça-feira, dia 23 de abril de 2024

Horário: 21h

Local: Espaço Savieira Cultural, Rua dos Tamoios, 1587 – Jurunas

Ingressos por R$15,00 disponíveis no estabelecimento do evento.

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