Da Redação | Foto: Divulgação
A capital paraense é uma das 16 cidades selecionadas para receber a mostra itinerante “A Cinemateca é Brasileira”, promovida pela Cinemateca Nacional. O evento exibirá gratuitamente 19 filmes nacionais, entre produções históricas e mais modernas, indo de “Bacurau” (2019) à “São Paulo – Sinfonia da Metrópole” (1929), além de trazer uma exposição sobre os 70 anos da Cinemateca. Com início nesta segunda-feira (11), a mostra segue até a próxima quinta-feira (21), no Auditório Eneida de Moraes, no Museu da Imagem e do Som (MIS). Os ingressos podem ser retirados uma hora antes da exibição dos filmes e o evento conta com o apoio da Secretaria de Estado e de Cultura (Secult).
Indaiá Freire, diretora do MIS-Pa, destaca que a escolha dos filmes a serem exibidos partiu da premissa de construir uma mostra que representasse a diversidade e a história do Cinema Nacional. “A seleção de filmes é baseada no ecletismo do Cinema Nacional, nessa seleção tem vários clássicos, vários filmes que marcaram época, que foram importantes na sua fase, no seu ano, na sua década. E esse ecletismo é interessante de ser mostrado porque a gente observa a questão da fotografia, a questão do cenário, a atuação dos atores, a estética. Nesses quase 100 anos de cinema nacional, nós vemos as diferenças entre esses filmes. A seleção das obras também foi pensada no sentido de mostrar a diversidade da criação dos realizadores brasileiros. Por isso é uma mostra eclética, diversificada. E a ideia é essa: apresentar o diverso, revelar os diferentes olhares que tem o Cinema Brasileiro”, ressalta.
A diretora evidencia também o papel que eventos como esse têm para a formação de um público que consuma as produções nacionais, já que o cinema brasileiro é uma vitrine que retrata a cultura e as mudanças históricas do país. “Quando a gente exibe filmes nacionais, a gente tá fazendo uma formação de público, porque os nossos filmes, a nossa produção é de mais baixo-orçamento. É uma produção que parte das nossas questões sociais, culturais, religiosas, dos nossos olhares, vivências e cotidianos. Então, ela vai se diferenciar de outras escolas e de outros cinemas por questões culturais, estéticas e também orçamentárias. Essa mostra de cinema é importante para que o público absorva as nossas produções, para que observe o trabalho que fazemos”, finaliza.
A mostra “A Cinemateca é Brasileira” conta com a curadoria de Marco Antônio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA) e pesquisador da sétima arte. “Central do Brasil”, “Dona Flor e seus Dois Maridos” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” são algumas das 19 produções que vão ser exibidas durante os 11 dias de duração do evento. Após as sessões, serão realizados bate-papos sobre as produções para os espectadores que quiserem participar e conversar mais sobre os filmes.
Exposição 70 anos da Cinemateca
Já a exposição, que também faz parte do evento, apresenta uma linha do tempo construída a partir de 200 imagens, dentre documentos, fotografias, cartazes, frames de filmes e até mesmo recursos de realidade aumentada. A mostra reconta os mais de 70 anos de história da Cinemateca. Com a curadoria da própria instituição e da Sociedade Amigos da Cinemateca, o projeto expográfico é assinado por Renato Theobaldo e é um convite à imersão na trajetória histórica de uma das maiores instituições do audiovisual do mundo.
Além da exibição e da mostra sobre a história da Cinemateca, nesta quarta-feira, dia 13, às 19h, haverá uma conversa sobre restauro com Rodrigo Mercês, gerente do Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira.
Serviço:
Mostra Itinerante “A Cinemateca é Brasileira” no MIS
Data: De 11 a 21 de março.
Ingressos: Gratuitos, entregues uma hora antes das exibições.
Local: Auditório Eneida de Moraes, Museu da Imagem e do Som, Centro Cultural Palacete Faciola, Avenida Nazaré, 194 – bairro de Nazaré.
Programação:
Segunda, 11/03
19h30 – Bacurau.
Terça, 12/03
17h30 – São Paulo, a sinfonia da metrópole;
19h30 – Jeca Tatu.
Quarta, 13/03
19h – Roda de Conversa com Rodrigo Mercês, Gerente do Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira, seguida da exibição do curta “Ilha das Flores”;
19h30 – Cabra Marcado Para Morrer.
Quinta, 14/03
17h30 – Cinco Vezes Favela;
19h30 – Cidade De Deus.
Sexta, 15/03
17h30 – A Hora da Estrela;
19h30 – Marte Um.
Sábado, 16/03
17h30 – Carnaval Atlântida;
19h30 – O Cangaceiro.
Domingo, 17/03
17h30 – O Bandido da Luz Vermelha;
19h30 – À Meia Noite Levarei sua Alma.
Segunda, 18/03
17h30 – Macunaíma;
19h30 – Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Terça, 19/03
17h30 – O Pagador de Promessas;
19h30 – Dona Flor e seus dois maridos.
Quarta, 20/03
19h30 – Central do Brasil.
Quinta, 21/03
19h – No Limite, com acompanhamento musical de Paulo José Campos de Melo.
Confira a classificação indicativa de cada filme.