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Da Redação | Foto: Marco Santos

Com obras voltadas ao trabalho de linhas, a exposição “(Re)enquadrar” revela uma nova perspectiva a respeito de Belém e do simbolismo que a atravessa. A mostra é do artista Jhonatan Rayder e será inaugurada nesta terça-feira (27 de fevereiro), às 18h30, no Espaço Cultural Banco da Amazônia. A curadoria é de Milene Coutinho e a entrada para a visitação é gratuita.

“(Re)enquadrar” apresenta 35 obras feitas utilizando apenas linhas e contornos, com uso de técnicas como hachura, line-art e realismo. Milene Coutinho, curadora da exposição, fala que os trabalhos de Jhonatan têm uma identidade visual própria. “Podendo ser compreendida em cada momento retratado, através do caminho que deve ser percorrido, cuidadosamente, com um olhar livre e receptivo em cada obra”, afirma.

Sobre o uso das linhas, o artista sempre gostou de trabalhar com essa proposta, utilizando lápis ou canetas. “O interesse pelo trabalho por linhas surgiu a partir de pesquisas e experimentações, algo que fosse a minha identidade pessoal. Então, comecei a criar desenhos a partir de papel e caneta, com variações de suporte. Sempre gostei de caneta, mas ao mesmo tempo do lápis. Como este é muito utilizado já, decidi ir para o caminho das canetas. Fui gostando do resultado e aprimorando cada vez mais a técnica”, explica Johnatan Ryder.

Algumas obras do artista, da esquerda para a direita: desvendando o Sabor do Mangue; A Expulsadeira; O Canoeiro Sem o Ita

Milene Coutinho também ressalta que as obras expostas apresentam traços finos, que geram um deslumbramento no espectador, que se perde entre o real e o irreal. Uma produção contemporânea que transforma quem as vê em um entusiasta das sensações. Jhonatan Rayder explica que buscou representar diversos elementos que remetem a identidade e história do estado do Pará, como animais, figuras humanas e o movimento da cabanagem. 

“Quero passar minha visão de mundo através da arte. Cada desenho representa um fragmento e expõe um todo desse quebra cabeça, ou seja, o público terá um diálogo com essa exposição. São obras produzidas ao longo da minha carreira e obras pensadas especificamente para Belém, trabalhando um pouco com o tema da Cabanagem, do cotidiano e do clima, como a chuva da tarde”, declara o artista. 

A exposição propõe uma narrativa de perceber e entender a arquitetura natural dos rios, da floresta nativa, manifestações culturais e a cidade em movimento. As obras, além de estarem expostas em papel, podem ser apreciadas em realidade aumentada, com 20 peças que utilizam essa abordagem. “Faço um balanço entre tradicional e contemporâneo, onde crio animações das artes, dando vida através da realidade aumentada, em que público pode abrir a câmera de seu telefone celular e ver as animações”, afirma Jhonatan.

O artista se vê ansioso para a estreia de “(Re)Enquadrar” no espaço do Banco da Amazônia e recomenda o evento como um ótimo passeio, tanto no dia da abertura, como nos dias em que a mostra estará disponível para visitação. “As expectativas são as melhores possíveis. Quero convidar toda a sociedade de Belém para prestigiar a exposição que inicia dia 27 de fevereiro, e vai até o dia 12 de abril. Esse é um evento perfeito para convidar amigos e familiares”, finaliza Jhonatan Rayder.

SERVIÇO:

Exposição “(RE)ENQUADRAR”, de Jhonatan Ryder

Abertura:  27 de fevereiro, às 18h30.

Visitação pública de graça: de 28 de fevereiro a 12 de abril.

Horário: de segundas às sextas-feiras, das 9h às 17h.

Local: Espaço Cultural do Banco da Amazônia, Avenida Presidente Vargas, 800 – Campina

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