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Da Redação| Foto: Divulgação

“Memórias de Barcarena”, projeto do Museu da Pessoa, deixa o formato em vídeo para se tornar um livro físico. A obra é uma junção de relatos, histórias e vivências dos barcarenenses e exalta a tradição, cultura e vida desse território. O livro será distribuído, gratuitamente, em escolas, bibliotecas e centros comunitários da região de Barcarena. Além desse material, neste mês de dezembro, foram publicados online um documentário do projeto (clique para assistir) e uma exposição digital (confere aqui) composta por nove vídeos com relatos de diversos moradores do local.

O Museu da Pessoa, com apoio da Iniciativa Barcarena Sustentável, encabeça esse projeto que tem o objetivo de preservar a memória, cultura e tradições da população. Em “Memórias de Barcarena”, os idealizadores retratam a diversidade da região, a partir de entrevistas com antigos moradores, quilombolas, indígenas, ribeirinhos, entre outros. 

Ao todo, o projeto fez mais de 30 horas de filmagens que foram editadas e compiladas em livros e vídeos, chamados de “Barcas”.  A Barca das Mulheres, Barca da Música, Barca da Fé e a Barca do Trabalho são algumas das 9 barcas presentes tanto na exposição virtual quanto em formato físico.

O diretor de gestão e operação do Museu da Pessoa, Eduardo Valente, explica sobre o processo de produção e concepção do projeto. “Buscamos representar a cidade de Barcarena a partir da experiência de seus próprios habitantes. Selecionamos 15 personagens, de diversos setores da comunidade local. Foram mais de 30 horas de gravação e assim organizamos os livros em nove barcas, com temáticas diferentes, desde a evolução cronológica da cidade até as explicações do porquê Barcarena hoje ser um município tão plural e diverso”.

Valter dos Santos Freitas, ou Mestre D’Bubuia, foi um dos convidados para integrar a iniciativa. Músico desde 1990, o mestre usa do seu carimbó para falar de sua vivência amazônica e quilombola. “Por muito tempo Barcarena só tinha uns vilarejos pequenos, umas poucas famílias que moravam no Conde, Itupanema, São Francisco. Eram esses os centros. Lá no Conde, ali no São Lourenço, deveríamos ser umas quinze famílias. Mas com a chegada dos projetos tudo mudou. Vieram pessoas de vários locais. Foi um período bom de emprego. Eu mesmo trabalhei como pedreiro, e consegui dar um estudo aos meus filhos”.

Outro morador famoso do livro e vídeo é Ronny Nascimento, natural da Ilha das Onças, em Barcarena, e discípulo do rei da guitarrada, Mestre Vieira. Ronny é compositor de um dos símbolos de sua cidade, o “Samba de Barcarena”. “Todos estão encantados com o projeto e nos sentindo valorizados e, mais ainda, valorizada nossa querida Barcarena”, comenta o artista.

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