Da Redação | Foto: Felipe Vilhena
De volta para mais uma edição, o Festival Jambu Live sai do espaço universitário para a grande Belém, no Memorial dos Povos. Na última quinta-feira (23), a organização realizou a 2ª Mostra Amazônia Multitelas como abertura para o festival. Com o tema “Feitiços da Amazônia”, a mostra separou quatro curtas e um longa-metragem que retratam a realidade amazônica ou que foram produzidos por amazônidas.
Organizado pelo Circuito Jambu Multicultural, tanto a mostra quanto o festival tem o objetivo de valorizar os artistas e produtores culturais da região Norte, sejam eles músicos, cineastas ou artistas performáticos. Mesmo com esse foco, a curadoria da mostra separou obras muito distintas entre si. Indo desde um romance no estilo Romeu e Julieta, até uma história que fale sobre a relação do ventre com a sociedade.
Compondo a mostra, foram exibidos os seguintes filmes: Monteiro Lopes (2022), de Bianca D’Aquino, uma história de paixão entre duas meninas que fala sobre a criação do Monteiro Lopes; Mandinga (2023), de Adrianna Oliveira e Raidol, em um romance com músicas envolventes do artista Raidol; Ventre (2018), de Gaia Bê, curta que retrata uma relação sensível entre uma mulher e um feto; Leona (2023), de Clara Soria e Hugo Resende, que conta em um minidocumentário a história da artista e youtuber trans paraense; e o longa Noites Alienígenas (2022), de Sérgio de Carvalho, um longa sobre a vivência de três jovens do Acre frente aos problemas sociais do Brasil e a tentativa de resgatar a ancestralidade amazônida.
O Festival Jambu Live é uma das atividades do Circuito Jambu Multicultural, projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele consiste em uma série de eventos multiculturais que visam o enriquecimento local, ampliando a visibilidade do trabalho dos fazedores e fazedoras de cultura na região amazônica e possibilitando o acesso de artistas pretos, indígenas, quilombolas, LGBTI+ e pessoas com deficiência nas agendas artísticas e culturais do estado.
Sobre o papel da mostra em conjunto com o festival para cultura regional, a coordenadora do Circuito Jambu Multicultural e docente de comunicação na Universidade Federal do Pará, Regina Lima, deu seu parecer a respeito. “É importante destacar que o Circuito celebra a arte e entende que a cultura paraense, ou melhor, que a cultura amazônida é ampla e possui várias vertentes. Não podemos realizar um evento apenas com música, sem abraçar também outras formas de fazer arte como as artes cênicas e o próprio audiovisual. Por isso, pensamos na Mostra Amazônia Multitelas, uma exibição de filmes que apresentam e representam a nossa região com excelência”, explicou Regina Lima.
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