O projeto Jambu Festival movimentou o setor cultural paraense com a realização de atividades de fomento e valorização de artistas locais em 2019 e 2020. Agora, o projeto caminha para a etapa de encerramento com a realização de uma exposição multimídia do Festival Jambu Live e o lançamento de seu site oficial. A exposição ocorre entre os dias 28 de maio e 13 de junho no Shopping Bosque Grão-Pará, em Belém. O projeto é uma realização da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará (Facom/UFPA) com apoio de emendas parlamentares do ex-Deputado Federal Zé Geraldo e do Senador Paulo Rocha.
A exposição apresenta o resultado dessas atividades de extrema importância para o fomento à cultura no estado e utiliza a tecnologia como aliada na prevenção à COVID-19. “A ideia foi trazer uma síntese do que rolou no festival, apresentando fotografias de todas as 70 atrações, especificando por dia de apresentação e interagindo com o público visitante, pois cada uma das fotografias referentes às atrações artísticas é acompanhada de um QR Code, sugerindo uma maior interação, visto que o público poderá ouvir e ver um pouquinho de cada uma das atrações realizadas pelo Festival”, explica Rosa Arraes, que assina o Projeto Expográfico junto com Marcel Campos.
O Jambu Festival é resultado da união de dois projetos de extensão da Facom/UFPA, o Conexões Periferia e o homônimo Jambu Festival. Os projetos são financiados pelas emendas parlamentares do Senador Paulo Rocha e do ex-Deputado Federal Zé Geraldo, ambos do Partido dos Trabalhadores, e coordenados pela Profa. Dra. Regina Lima, vice-diretora da Facom.
Sobre a realização do projeto, Regina explica que ele mostra a importância dos projetos de extensão das universidades, visto que eles têm entre seus objetivos colocar a sociedade em contato direto com a universidade pública. Regina também adiciona que no Jambu Live houve uma preocupação em dar visibilidade a artistas com menor alcance, tanto os que estão iniciando suas carreiras, quanto os mais antigos. “É um saldo positivo de investimento na cultura, principalmente em tempos de pandemia”, afirma.
O projeto foi dividido em duas etapas. Na primeira, foram realizadas uma série de oficinas em escolas públicas dos municípios Belém, Curuçá e Marapanim, ambos no Pará, voltadas para crianças e adolescentes, com oficinas de fotografia, teatro, dança e música. E também oficinas de capacitação para artistas locais com profissionais experientes em áreas como marketing digital e gestão de carreira.
Em sua segunda etapa, que precisou ser adaptada ao contexto da pandemia da COVID-19, o projeto realizou o Jambu Live, maior festival online de cultura paraense. O Jambu Live reuniu mais de 70 artistas de música, dança, teatro e performance em mais de 70 horas ao vivo na internet. O festival movimentou o setor em meio ao contexto de crise em que ele se encontra e garantiu entretenimento com segurança e com respeito à diversidade cultural.
Nomes como Keila, Jeff Moraes, Arthur Espíndola, Leona Vingativa, Trio Manari, entre outros fizeram parte da programação. Também participaram grupos de artes cênicas como os Palhaços Trovadores, o InBust – Teatro com Bonecos e mais.
Sobre a possibilidade de uma segunda edição, Regina afirma que muitas pessoas estão na expectativa. “Dada a importância dos resultados apresentados pelo festival, ele merece sim uma segunda edição. Não sei se nos mesmos moldes e é isso que estamos fazendo agora, repensando a metodologia. Pensar de uma forma que a gente traga as oficinas, que são muito importantes para o setor cultural. E ver como podemos trabalhar os shows de forma criativa, inovadora e respeitando todas as medidas sanitárias de prevenção à COVID-19”, explica Regina.
A exposição e o site oficial do projeto representam o encerramento de sua primeira edição. Eles trazem ao público resultados das atividades, reforçam a importância da valorização da cultura local e mostram o quão importante é a extensão universitária, que leva o conhecimento produzido nas universidades para a população.